Estudo da OMC mostra que, de janeiro a março, vendas brasileiras foram 20% maiores
As exportações brasileiras devem crescer a um ritmo maior que a média mundial este ano. Segundo os dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre janeiro e março as vendas do País cresceram 20% em relação ao mesmo período de 2005, taxa que dificilmente seria superada pela média internacional. Para o ano, as expectativas da OMC são de que o comércio mundial aumente 7% em volume.
Em seu ranking anual dos maiores exportadores, divulgado ontem, a entidade confirma a nova posição do Brasil como o 23º maior exportador mundial, com 1,1% do mercado internacional. Enquanto o comércio mundial aumentou 13% em valores em 2005, o crescimento no Brasil foi de 23%.
Um bom desempenho brasileiro em 2006 ainda poderá fazer com que o País desbanque suíços, austríacos e suecos, atingindo a 20ª posição no ranking até o fim do ano. Isso se as taxas de crescimento das exportações desses países forem as mesmas de 2005, abaixo de 6%.
Em 2005, as exportações brasileiras cresceram mesmo com Estados Unidos, Europa e Ásia importando menos. A União Européia (UE), por exemplo, aumentou suas compras em apenas 3%. Pela primeira vez em oito anos, os EUA tiveram um aumento de exportações acima do crescimento das importações, que foi de apenas 5,5%.
Até a China, novo destino das exportações nacionais, também apresentou um aumento menor das importações em comparação com os anos anteriores: 11,5% em 2005, ante 21,5% em 2004.
O Brasil também parece ir contra a lógica do mercado agrícola mundial. Apesar de continuar aumentando suas vendas de produtos agrícolas, o setor é o que menos cresce no mundo. Segundo a OMC, o comércio agrícola cresceu em 2005 menos que a média mundial e hoje representa apenas 9% de todos os fluxos de bens. Essa é, segundo a entidade, a menor participação da agricultura nos últimos 20 anos.
No setor de serviços, as exportações brasileiras estiveram entre as que mais cresceram, ao lado de China e Índia. O comércio de serviços movimentou US$ 2,4 trilhões e aumentou 11%. No Brasil o crescimento foi de 28%, ante 31% da China e 72% na Índia.
Entre os importadores, o aumento no País foi de 38%, somando US$ 22 bilhões em compras e acumulando um déficit de US$ 7 bilhões. O aumento nas importações só foi superado pela Índia.
As exportações de bens de US$ 118 bilhões do Brasil também possibilitaram o crescimento do comércio do Mercosul em 2005. Segundo a OMC, as exportações do bloco cresceram 20% e as importações, 18%. O desempenho brasileiro, aliado ao ganhos da Venezuela com o petróleo, fez com que a América do Sul atingisse sua maior participação em 20 anos, com 3,5% de todo o comércio internacional.
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