Petros quer interpelar CPI dos Correios na Justiça
A Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), dos funcionários da Petrobras, está avaliando a possibilidade de interpelar judicialmente a CPI dos Correios pelo vazamento do relatório parcial sobre os fundos de pensão, feito pelo deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA). Em entrevista à imprensa para comentar o relatório, o presidente da Petros, Wagner Pinheiro, disse que como a situação "é inusitada, sem precedentes", a área jurídica da fundação ainda está avaliando qual a melhor medida a ser tomada. "Em princípio, o relatório deveria ser sigiloso. Mas você obtém cópia do relatório até em sites na internet", comentou.
O vazamento do relatório seria um ato criminoso, na sua avaliação. E ele considera que a imunidade parlamentar não deveria permitir esse tipo de comportamento. De qualquer forma, Pinheiro disse que já amanhã a entidade enviará uma comissão técnica para "tentar entender" o que a CPI apurou. "Não sabemos quais foram os critérios adotados", justificou.
O presidente da Petros disse que "acredita" que o relatório tenham tomado como referência apenas um lado de operações que a entidade fez na BM&F. "São operações Saci, de uma perna só. Não computaram a outra parte da operação", comentou Pinheiro. Ele observou que os fundos de pensão não podem fazer operações especulativas no mercado de derivativos. "Só podemos fazer operações de hedge, nas duas pontas, com compra e venda. Se perdemos numa ponta, ganhamos na outra e o resultado pode até ser favorável", observou. Ele deu como exemplo o time do Corinthians. "Seria como pegar só os jogos em que o Corinthians perdeu e os gols que tomou, sem computar os gols que fez e os jogos em que venceu. O que vale é o saldo final", ilustrou.
Pinheiro apresentou diversas tabelas mostrando que a Petros tem conseguido resultados melhores que a média do mercado financeiro e com rentabilidade superior aos indicadores usados como benchmarking do mercado, como o índice Bovespa e o CDI.
Ele comparou a evolução das aplicações da Petros em carteira de renda variável (ações) com 51 fundos que têm como meta o Ibovespa Ativo, mostrando que esse índice registrou variação de 180,28% de janeiro de 2003 a novembro deste ano, enquanto as aplicações da Petros renderam 211,37%. Com isso, a carteira da Petros estaria em nono lugar no ranking, com base nos dados dos fundos divulgados pela Anbid. No caso de renda fixa, a Petros também conseguiu superar a meta. Enquanto o CDI subiu 67,92% de janeiro de 2003 a novembro de 2005, as aplicações da Petros subiram 71,03%, o que a colocaria na 23a. colocação.
O presidente da Petros mostrou também que a entidade tem conseguido superávits atuariais seguidos nos últimos onze anos. No período de 1995 a 2002, a Petros conseguiu superávit atuarial de 11,36%. No período de 2003 a 2005, o superávit atingiu 19,11%. A meta atuarial da Petros é de alcançar a variação do IPCA mais um ganho de 6% ao ano.
A Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), dos funcionários da Petrobras, está avaliando a possibilidade de interpelar judicialmente a CPI dos Correios pelo vazamento do relatório parcial sobre os fundos de pensão, feito pelo deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA). Em entrevista à imprensa para comentar o relatório, o presidente da Petros, Wagner Pinheiro, disse que como a situação "é inusitada, sem precedentes", a área jurídica da fundação ainda está avaliando qual a melhor medida a ser tomada. "Em princípio, o relatório deveria ser sigiloso. Mas você obtém cópia do relatório até em sites na internet", comentou.
O vazamento do relatório seria um ato criminoso, na sua avaliação. E ele considera que a imunidade parlamentar não deveria permitir esse tipo de comportamento. De qualquer forma, Pinheiro disse que já amanhã a entidade enviará uma comissão técnica para "tentar entender" o que a CPI apurou. "Não sabemos quais foram os critérios adotados", justificou.
O presidente da Petros disse que "acredita" que o relatório tenham tomado como referência apenas um lado de operações que a entidade fez na BM&F. "São operações Saci, de uma perna só. Não computaram a outra parte da operação", comentou Pinheiro. Ele observou que os fundos de pensão não podem fazer operações especulativas no mercado de derivativos. "Só podemos fazer operações de hedge, nas duas pontas, com compra e venda. Se perdemos numa ponta, ganhamos na outra e o resultado pode até ser favorável", observou. Ele deu como exemplo o time do Corinthians. "Seria como pegar só os jogos em que o Corinthians perdeu e os gols que tomou, sem computar os gols que fez e os jogos em que venceu. O que vale é o saldo final", ilustrou.
Pinheiro apresentou diversas tabelas mostrando que a Petros tem conseguido resultados melhores que a média do mercado financeiro e com rentabilidade superior aos indicadores usados como benchmarking do mercado, como o índice Bovespa e o CDI.
Ele comparou a evolução das aplicações da Petros em carteira de renda variável (ações) com 51 fundos que têm como meta o Ibovespa Ativo, mostrando que esse índice registrou variação de 180,28% de janeiro de 2003 a novembro deste ano, enquanto as aplicações da Petros renderam 211,37%. Com isso, a carteira da Petros estaria em nono lugar no ranking, com base nos dados dos fundos divulgados pela Anbid. No caso de renda fixa, a Petros também conseguiu superar a meta. Enquanto o CDI subiu 67,92% de janeiro de 2003 a novembro de 2005, as aplicações da Petros subiram 71,03%, o que a colocaria na 23a. colocação.
O presidente da Petros mostrou também que a entidade tem conseguido superávits atuariais seguidos nos últimos onze anos. No período de 1995 a 2002, a Petros conseguiu superávit atuarial de 11,36%. No período de 2003 a 2005, o superávit atingiu 19,11%. A meta atuarial da Petros é de alcançar a variação do IPCA mais um ganho de 6% ao ano.