Uma reação no final da campanha levou a deputada federal Maria do Rosário (PT-PRB-PTC-PSL) a ultrapassar Manuela D""Avila (PCdoB-PPS-PSB-PR-PMN-PTdoB e PTN) para ser a adversária do prefeito José Fogaça (PMDB-PDT-PTB) na disputa pelo segundo turno em Porto Alegre. Em busca de uma inédita reeleição na capital gaúcha, no total de 98,2 % das urnas apuradas. Fogaça fez 43,84% dos votos válidos. Maria do Rosário alcançou 22,72%, enquanto Manuela D""Avila teve 15,35%. Apareceram depois Luciana Genro (PSOL-PV), com 9,24%, Onyx Lorenzoni (DEM-PP), com 4,91% e Nelson Marchezan Junior (PSDB), com 2,83%.
Favorito conforme as simulações para o segundo turno, Fogaça deverá ter a adesão imediata do tucano Nelson Marchezan, já que o PSDB participa da base governista. Um pouco mais complicado será angariar apoio de Lorenzoni. Apesar de ser um inimigo petista e ter apoiado Fogaça em 2004, Lorenzoni centrou a sua campanha nas críticas ao prefeito.
Já Maria do Rosário precisará reverter a tendência de queda da força eleitoral do PT, partido que esteve à frente do Paço Municipal por 16 anos, até 2004. O grande desafio será atrair o apoio de Manuela e seus eleitores. Apesar de colegas na Câmara dos Deputados e da ligação histórica do PCdoB com o PT no Rio Grande do Sul, as duas travaram uma batalha dura pelo direito de passar ao segundo turno que pode deixar seqüelas. Luciana, por sua vez, tende à neutralidade.