Um dia após afirmar que as invasões de propriedades rurais, feitas pelo MST, aumentarão se a candidata do PT, Dilma Rousseff, vencer a eleição, o tucano José Serra evitou continuar a polêmica, mas desclassificou a reação da adversária.
Em campanha na capital de Tocantins, disse que é bobagem a afirmação da petista, feita em Recife, de que o tucano deseja repetir a tática do medo e fazer campanha olhando para o retrovisor, numa referência a 2002.
Isso é bobagem. Eu quero debater propostas para resolver os problemas do país e dos estados.Vou falar mais de Tocantins, se vocês não acham ruim, eu queria falar mais de Tocantins. Depois eu falo do tititi e do trolóló. Não venho nunca a Tocantins, quando venho, quero falar de Tocantins disse o tucano, demonstrando insatisfação por interromper a caminhada na Avenida JK para falar com os jornalistas.
Mais tarde, perguntado sobre a polêmica das invasões, Serra não quis se pronunciar.
Na entrevista, disse que a gestão da saúde pública no Brasil é um tema complexo, mas que é possível melhorar e ampliar todos os programas existentes hoje. Até prometeu dar um enxovalzinho para recémnascidos de famílias carentes: Vou criar o programa da mãe tocantinense. Ela vai saber em que hospital vai, o parto será acompanhado, terá um pós-natal e até enxovalzinho quando se tratar de família modesta.
É um programa de saúde.
Já foi feito em Curitiba e na prefeitura de São Paulo.
Grupo de apoiadores reforçou caminhada Serra criticou a gestão do programa Saúde da Família, que, segundo ele, mantém equipes com menos agentes do que quando era ministro da Saúde, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Durante a caminhada, parou numa farmácia e gravou depoimento para seu programa na TV sobre genéricos.
Nas poucas horas que permaneceu em Tocantins, Serra esteve acompanhando do candidato ao governo do estado pelo PSDB, Siqueira Campos, e da senadora Katia Abreu (DEM), que abriu mão da disputa pelo governo do estado para fortalecer o palanque de oposição.
A caminhada foi reforçada por um grupo de apoiadores cuja presença nas mobilizações custa R$ 510 mensais, cada da campanha de Siqueira Campos, segundo afirmou à reportagem uma contratada: Nós votamos no Siqueira Campos. Mas eles nos contratam para acompanhar o candidato nos eventos, para levar esse material para a rua.