A parcela de renda associada ao Bolsa Família e a outros programas sociais passou de 4,9% para 16,3% do total da renda da faixa das pessoas mais pobres, entre 2003 e 2008. No total da renda do país, a parcela duplicou no período, passando de 1,10% para 2,15%, de acordo com números do estudo "A Geografia das Fontes de Renda", elaborado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Se os recursos do Bolsa Família impulsionam principalmente a renda dos mais pobres, que é a mais beneficiada por eles, os rendimentos de pensões e aposentadorias com valor até um salário mínimo, por outro lado, são mais significativos para a classe D (12,7% da renda total do segmento). Na classe AB, pesam mais os benefícios previdenciários acima de um salário mínimo (18,94% da renda total)
De acordo com o estudo, a renda per capita média anual do brasileiro cresceu 5,26% em termos reais (descontada a inflação e o crescimento da população), passando de R$ 458 para R$ 592 por mês. A fonte de renda que mais cresceu (20,99%) foi a de programas sociais, impulsionada pela expansão do Bolsa Família. Já a renda do trabalho cresceu 5,13% ao ano.
O estudo da FGV também indica que entre 2003 e 2008, houve redução de 43% da pobreza no país, o que representa a saída de 19,3 milhões de brasileiros da faixa de renda abaixo de R$ 137. Nas capitais, a maior queda (-80,9%), foi verificada em Palmas (TO). As menores reduções de pobreza ocorreram no Rio (-34,8%) e na periferia do Recife (-36,4%).