sexta-feira, 23 de julho de 2010

Taxa de desemprego em junho é a menor do ano. Vai continuar caindo com Dilma Presidente

A redução da taxa de desocupação em junho baseou-se na saída de pessoas do mercado de trabalho e não na criação de postos de trabalho. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população ocupada ficou estatisticamente inalterada entre maio e junho, com 21,878 milhões de indivíduos, apenas mil a mais que em maio. Já a população desocupada apresentou queda de 6,6% no período, com 1,647 milhão, ou 117 mil pessoas a menos que em maio. No mês passado, a taxa de desocupação atingiu 7%, no menor nível para um mês de junho, o segundo menor para qualquer mês desde o início da série, em 2002, e o menor do ano.

Para Cimar Azeredo, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), as férias de julho normalmente desestimulam a procura por emprego em junho, o que voltou a ocorrer este ano, contribuindo para a redução da população economicamente ativa, que caiu 0,5% entre maio e junho. Ao mesmo tempo, a população não economicamente ativa subiu 1,1%, em 193 mil pessoas.

"A queda da taxa em junho é explicada pelas pessoas optarem por não procurar emprego, porque são estudantes, mulheres com crianças, e também porque o aumento da renda contribui para tirar as pessoas do mercado. Pessoas que desistiram de procurar trabalho para ter disponibilidade em julho", frisou Azeredo, acrescentando que será necessário esperar os resultados dos próximos meses para determinar as tendências da criação de vagas. "Temos um quadro favorável, com evolução da taxa de desocupação. Há algumas interrogações, que vão culminar na continuação, ou não, da redução da desocupação. Se não houver geração de postos, a força de trabalho que se retirou do mercado tende a voltar e pode fazer a ocupação recuar. Por isso não fazemos previsão, temos que analisar."

Os números do IBGE mostram que os efeitos da crise econômica global já foram superados, com os resultados de desocupação, rendimento e emprego com carteira superando os índices anteriores à turbulência. "Passamos pela crise e agora estamos melhores que no período anterior a ela", afirmou, lembrando que no primeiro semestre a taxa média de desocupação foi de 7,3%, a menor da série para o período janeiro-junho.

O rendimento médio real voltou a subir em junho, depois da queda de 0,9% em maio. Em junho, a média de R$ 1.423,00 significou uma alta de 0,5% sobre maio. No primeiro semestre, a média de R$ 1.420,34 foi a mais alta da série histórica para os seis primeiros meses do ano.

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