O crédito bancário cresceu 2,6% de junho para julho, maior alta mensal desde outubro de 2008, quando o Brasil já sofria o contágio da crise financeira internacional. Mas a forte expansão se explica quase que exclusivamente por um empréstimo de R$ 25 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à Petrobras, que representa 74,8% do crescimento da carteira de crédito dos bancos observada no período, segundo estatísticas divulgadas ontem pelo Banco Central. Sem essa operação, a carteira dos bancos teria crescido apenas 0,6%.
Em virtude da operação contratada com a Petrobras, o BC reviu a sua projeção para o crescimento do crédito. Agora, a previsão é que os empréstimos bancários encerrem 2009 em 47% do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção anterior, de 45% do PIB, foi alcançada em julho. O mercado de crédito foi puxado, mais uma vez, pelos chamados empréstimos direcionados (avanço de 7,8%), entre os quais se incluem as operações do BNDES. Mas o grosso do dinheiro está indo para grandes empresas. "O acesso ao crédito não foi completamente restabelecido para as pequenas e microempresas", diz o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. O crédito livre teve expansão de 0,4% no período.
Entre junho e julho, os empréstimos diretos do BNDES, normalmente contratados com grandes empresas, cresceram R$ 25,638 bilhões, ou 22%. Já os repasses do BNDES feitos pelo sistema financeiro, que normalmente atendem empresas menores, aumentaram US$ 1,385 bilhão, ou 1,3%. Juntando os dois, a carteira do BNDES cresceu 12,2% entre junho e julho, para R$ 248,188 bilhões. Algo semelhante havia ocorrido também entre maio e junho, quando os empréstimos diretos do BNDES aumentaram R$ 4,798 bilhões, e os repasses, R$ 809 milhões. De janeiro a julho os empréstimos diretos apresentam incremento acumulado de R$ 34,244 bilhões, e os repasses, de R$ 4,686 bilhões.
O crédito livre às empresas continua relativamente restrito. Entre junho e julho, a carteira de empréstimos com juros livremente pactuados pelo mercado encolheu 0,7%, para R$ 461,278 bilhões. A restrição na oferta de crédito às empresas é explicada, em parte, pelo crescimento do índice de inadimplência. Entre junho e julho, as operações com pessoas jurídicas com atraso superior a 90 dias aumentaram de 3,4% para 3,8% da carteira dos bancos. Mas o BC já vê sinais de acomodação. Evidência disso é a estabilidade, em 2,3%, das operações com atraso entre 15 e 90 dias, entre junho e julho. Em maio, o índice estava em 2,7%.
Lopes pondera que, quando as operações com atraso entre 15 e 90 dias melhoram, o mesmo costuma acontecer cerca de três meses depois com as operações com atraso superior a 90 dias. "A alta da inadimplência se concentra basicamente nas linhas de desconto de duplicatas e na conta garantida." O crédito livre contratado com pessoas físicas cresceu 1,7% entre julho e julho, para R$ 442,306 bilhões.
Em virtude da operação contratada com a Petrobras, o BC reviu a sua projeção para o crescimento do crédito. Agora, a previsão é que os empréstimos bancários encerrem 2009 em 47% do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção anterior, de 45% do PIB, foi alcançada em julho. O mercado de crédito foi puxado, mais uma vez, pelos chamados empréstimos direcionados (avanço de 7,8%), entre os quais se incluem as operações do BNDES. Mas o grosso do dinheiro está indo para grandes empresas. "O acesso ao crédito não foi completamente restabelecido para as pequenas e microempresas", diz o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. O crédito livre teve expansão de 0,4% no período.
Entre junho e julho, os empréstimos diretos do BNDES, normalmente contratados com grandes empresas, cresceram R$ 25,638 bilhões, ou 22%. Já os repasses do BNDES feitos pelo sistema financeiro, que normalmente atendem empresas menores, aumentaram US$ 1,385 bilhão, ou 1,3%. Juntando os dois, a carteira do BNDES cresceu 12,2% entre junho e julho, para R$ 248,188 bilhões. Algo semelhante havia ocorrido também entre maio e junho, quando os empréstimos diretos do BNDES aumentaram R$ 4,798 bilhões, e os repasses, R$ 809 milhões. De janeiro a julho os empréstimos diretos apresentam incremento acumulado de R$ 34,244 bilhões, e os repasses, de R$ 4,686 bilhões.
O crédito livre às empresas continua relativamente restrito. Entre junho e julho, a carteira de empréstimos com juros livremente pactuados pelo mercado encolheu 0,7%, para R$ 461,278 bilhões. A restrição na oferta de crédito às empresas é explicada, em parte, pelo crescimento do índice de inadimplência. Entre junho e julho, as operações com pessoas jurídicas com atraso superior a 90 dias aumentaram de 3,4% para 3,8% da carteira dos bancos. Mas o BC já vê sinais de acomodação. Evidência disso é a estabilidade, em 2,3%, das operações com atraso entre 15 e 90 dias, entre junho e julho. Em maio, o índice estava em 2,7%.
Lopes pondera que, quando as operações com atraso entre 15 e 90 dias melhoram, o mesmo costuma acontecer cerca de três meses depois com as operações com atraso superior a 90 dias. "A alta da inadimplência se concentra basicamente nas linhas de desconto de duplicatas e na conta garantida." O crédito livre contratado com pessoas físicas cresceu 1,7% entre julho e julho, para R$ 442,306 bilhões.