quinta-feira, 2 de julho de 2009

Absolvição reforça possível candidatura ao governo de SC


A absolvição no Tribunal Regional de Santa Catarina da acusação de "prefeito itinerante" por quatro votos a um, na noite de ontem, deu mais fôlego ao prefeito de Florianópolis, Dário Berger, para se tornar o candidado do PMDB à sucessão do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Dário já vinha como um dos nomes fortes do partido para a disputa pelo governo do Estado em 2010. Seu segundo mandato até agora recebeu boa avaliação na última pesquisa Datafolha e ultimamente tem sido presença constante ao lado do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), participando de eventos de grande público, como a festa do Pinhão, em Lages, ocasião que divulga seu nome fora da capital.

O processo contra Dário Berger foi movido pelo PP do ex-governador Esperidião Amim, que também moveu processo contra o governador do Estado no Supremo Tribunal Eleitoral. O principal partido adversário do PMDB hoje no Estado classificava Berger como "prefeito itinerante", o acusando de infringir as normas constitucionais por concorrer ao quarto mandato consecutivo, considerando seus dois governos na prefeitura de São José, na Grande Florianópolis e a reeleição na capital.

Berger por enquanto diz que não trabalha para as eleições de 2010. "Estou bem onde estou. Não vou fazer nenhum esforço para ser candidato. Mas se o partido necessitar, estarei disposto a enfrentar o desafio".

Seu nome para o governo do Estado disputa espaço com o do atual presidente do PMDB de Santa Catarina e presidente da Celesc Holding, Eduardo Moreira. Como há ainda a intenção de o PMDB reeditar a tríplice aliança que elegeu Luiz Henrique em 2006, aliando-se ao PSDB e ao DEM, outros dois nomes também entram na disputa: senador Raimundo Colombo (DEM) e vice-governador Leonel Pavan (PSDB).

Ainda que prefira ser discreto em relação a 2010, Berger cada vez mais está colado à imagem de Luiz Henrique. Em um dos episódios mais difíceis para o governador, quando em maio o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgava uma ação que pedia a cassação do mandato do governador, Berger passou o dia ao lado de Luiz Henrique e fez questão de participar de uma cerimônia na sede do governo, em que os aliados discursavam em tom de comício, elogiando a absolvição. Ao público, Berger disse que estava aprendendo com Luiz Henrique e chegou a aparar arestas com Pavan, com quem teve problemas no passado pela troca do PSDB pelo PMDB.

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