A reação da produção industrial sentida nos últimos meses não está se refletindo em novos empregos. O nível de ocupação nas indústrias brasileiras caiu pelo sétimo mês consecutivo em abril e acumula uma perda de 4,4% no primeiro quadrimestre do ano em relação ao mesmo período de 2008. Todos os indicadores apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário apresentaram resultados negativos, apesar do órgão ter verificado um incremento de 1,1% na produção industrial de março para abril . O volume de ocupados reduziu 0,7%, a quantidade de horas pagas caiu 0,4%, e a folha de pagamento das empresas está 0,2% menor.
Mas as reduções estão perdendo fôlego — são as menores do ano —, o que dá esperança de que a recuperação chegue a partir do segundo semestre. “O emprego responde de modo defasado, mas deve entrar numa trajetória de recuperação no segundo semestre. O efeito negativo já está se reduzindo, é um sinal de que o cenário está menos desfavorável”, afirma o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rogério César de Souza.