A partir de amanhã, o diesel estará 9,6% mais barato para o consumidor. O anúncio foi feito há pouco pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo ele, o governo vai reduzir em 15% o valor do diesel, mas vai acrescentar R$ 0,04 no valor da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Mantega explicou ainda que a redução não será maior porque, como, em breve, aumentará a quantidade de diesel misturada ao biodiesel, de 3% para 4%, o custo da mistura vai ficar mais elevado.
A redução do preço do diesel, segundo ele, é mais uma medida anti-crise para reduzir o custo do combustível e também diminuir a previsão da inflação para o futuro.
“A partir de amanhã, teremos o preço reduzido do diesel, que é um combustível importante para a economia, para o setor agrícola, que se movimenta com o diesel”, disse Mantega, ao chegar para reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Mantega disse, ainda, que será anunciada, também a partir de amanhã, uma redução de 5% no preço da gasolina. Mas, segundo ele, isso não resultará em preço menor na bomba já que haverá uma recomposição da Cide na mesma proporção, que equivale a R$ 0,05 a mais.
Com isso, o preço da gasolina se manterá. O aumento da incidência da Cide sobre a gasolina, de acordo com Mantega, significará mais recursos para os estados e os municípios.
Para a gasolina, a alíquota aumentará de R$ 0,18 para R$ 0,23 por litro. No caso do diesel, o tributo subirá de R$ 0,03 para R$ 0,07 por litro.
Em nota, o Ministério da Fazenda informou que, em relação ao diesel, a equipe econômica reestabeleceu as alíquotas cobradas até 30 de abril do ano passado, quando a Petrobras reajustou o preço dos combustíveis nas refinarias por causa da alta na cotação internacional do petróleo.
Para a gasolina, no entanto, a alíquota não foi completamente restaurada para evitar elevações na bomba.
De acordo com o comunicado, as estimativas de variação do preço para o consumidor são apenas aproximações, já que o preço final dos combustíveis depende de tributos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Também por causa das estratégias nos mercados locais e da liberdade dos preços nas bombas, o ministério alega que a queda pode ser menor que o previsto em alguns estados.
O ministro espera, agora, que a Petrobras consiga comunicar as medidas aos fornecedores ainda hoje.