Ansioso para ser empossado no cargo de senador no lugar de Expedito Júnior (PR-RO) — cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob acusação de compra de votos — o empresário Acir Marcos Gurgacz (PDT) responde a 200 processos na Justiça, entre eles por estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo, que o tem como um dos sócios, é acusada pelo Ministério Público Federal no Amazonas de fraudar um empréstimo de R$ 19 milhões do Banco da Amazônia (Basa).
Segundo a denúncia de 2006, para receber o empréstimo a empresa apresentou ônibus como se tivessem sido produzidos em 2004. Mas perícia determinada pela Justiça mostrou que os chassis eram de 1993. O banco forneceu R$ 290 mil para a compra de cada ônibus, mas o chassi antigo teria custado só R$ 12 mil.
O empresário afirmou ser normal a Eucatur, que tem 45 anos, ser alvo de processos, seja na área civil, execução tributária ou trabalhista. Sobre o empréstimo do Basa, negou irregularidade. “Houve empréstimo normal para compra de carroceria de ônibus.”
Gurgacz promete empenho para conseguir a vaga de Expedito Júnior. Mas isso ainda deve demorar. Segundo o TSE, o senador do PR tem a possibilidade de recursos no próprio tribunal e no Supremo Tribunal Federal (STF). A Mesa não pretende retirar o mandato de Expedito antes de se esgotarem todos os recursos.