Ainda há algumas semanas foi noticiado que a Prefeitura de São Paulo entregará ao Banco Itaú a conta de pagamento dos vencimentos dos servidores municipais, cabendo ao Bradesco o quinhão relativo aos fornecedores. Sobre a primeira, gaba-se o prefeito que o banco pagará um pedágio à Prefeitura, liberando um caixa extra à sua gestão que antes ficaria, obviamente, sob a égide do Banco do Brasil, promovendo uma redistribuição do dinheiro público.
Acontece que os conservadores contadores do Itaú já adiantaram que tal banco lucrará, já computado o tal pedágio e somente com os depósitos da Prefeitura, cerca de R$ 230 milhões por ano.
Somente porque a quase totalidade dos 150.000 funcionários municipais, ativos e inativos, não têm renda para ter conta em vários bancos, e se verá obrigada a transferir para o Itaú sua poupança, o pagamento de tarifas bancárias e juros sobre empréstimos, seguros em reciprocidade, outras fontes de lucro que se privatizam em conseqüência da medida tomada.
O mesmo vale para os fornecedores, que migrarão para o Bradesco em busca de receber o que antes o faziam pelo Banco público.
À luz dessa gigantesca transferência de recursos públicos que o Serra está fazendo para banqueiros, qual será – de quanto e para quem – a contribuição “caixa 1” do Itaú e do Bradesco nas próximas eleições?