sábado, 16 de maio de 2009

Chame o Kassab


O número de ônibus em São Paulo diminuiu, o de passageiros aumentou. Qualquer um pode fazer a conta de cabeça: sobram passageiros. Mas, para a SPTrans, os coletivos não estão lotados, já que os mais novos, diz a empresa, são maiores e têm mais assentos.

Pode até ser verdade que tenham mais assentos. Mas é preciso muito malabarismo para provar que os ônibus da capital não andam lotados.

Desde que o Bilhete Único foi criado, há cinco anos, ficou mais fácil e barato fazer integração. O número de passageiros no mês de março dobrou de 2004 para 2005 --e, neste ano, passou de 255 milhões. Só que a frota não aumentou. Pelo contrário: hoje, menos ônibus circulam na cidade do que há quatro anos.

Mesmo se os números não indicassem o problema, bastaria a prefeitura dar uma olhada nos terminais e nos pontos em horários de pico para saber que os tais assentos a mais que colocaram nos carros não foram suficientes.

Quem sai de casa cedo para enfrentar uma viagem de ônibus já sabe que assento, aliás, é o de menos. Se desse para todo mundo ficar de pé sem se espremer já seria um grande alívio.

Se a SPTrans acha que não é o caso de mandar mais ônibus para as ruas, poderia, pelo menos, melhorar o planejamento das linhas, ver onde está sobrando passageiro e onde está sobrando assento. O Bilhete Único foi um enorme avanço. Mas quem deveria calcular e aliviar o impacto de mais gente nos veículos não fez bem o serviço.

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