A empresária Cristina Boner, dona do Grupo TBA, aparece num dos vídeos do escândalo negociando facilidades em contratos públicos do setor de informática com Durval Barbosa. A TBA é apontada como uma das supostas financiadoras do mensalão no DF. O subsecretário de Justiça e Cidadania do DF, Luiz França, foi flagrado recebendo R$ 38,4 mil de propina atribuída à B2Br, do grupo TBA.
No vídeo, gravado em 2006 na Secretaria de Assuntos Sindicais do DF, Durval diz a Cristina que honrará o compromisso e anuncia que dará a ela um contrato emergencial. A empresária tenta convencer Durval a dar à TBA a concessão do Na Hora, serviço de atendimento ao cidadão.
Durval troca confidências sobre atos ilícitos e mostra itens guardados em cofre.
Em depoimento à PF, Durval diz que a TBA teria enviado R$ 1 milhão para a campanha de José Roberto Arruda. Em 2008, o grupo firmou contrato de gestão do Na Hora, por R$ 12 milhões ao ano. Antes de negociar o Na Hora, em 2006, Cristina reage com alegria à notícia de que ganhará um contrato emergencial.
— Vou fazer um emergencial para você por cinco meses — diz Durval.
— Aaanh! Como você conseguiu isso? Que ótimo! — diz Cristina, abraçando Durval.
A TBA afirmou que a gravação foi realizada no final de 2006, que não há conduta ilícita ou comprometedora, e que não foram assinados contratos emergenciais após essa data.