Animado com mais uma descoberta no pré-sal, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, afirmou que em 10 ou 15 anos a bacia de Santos será mais importante para o Brasil do que a de Campos.
Atualmente, a bacia de Campos responde por mais de 80% da produção nacional de petróleo.
Na terça-feira, a estatal anunciou a descoberta de nova jazida de óleo leve no bloco BM-S-9, localizada em uma profundidade de 4.900 metros, na bacia de Santos.
"O grande fato de tudo isso é a descoberta da bacia de Santos como uma nova enorme província brasileira, certamente mais importante que a bacia de Campos. O futuro dirá isso", disse ele à Reuters, na entrada do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, no Rio.
O bloco BM-S-9 está próximo ao campo gigante de Tupi, no bloco BM-S-11, onde a Petrobras estima existirem reservas recuperáveis de 5 bilhões a 8 bilhões de barris.
"É a menina dos olhos da Petrobras, sem querer tirar a importância de outras bacias do País... em termos de perspectivas, Santos já é mais importante que Campos. Acho que em 10 a 15 anos a produção e a estimativa de produção (futura) serão maiores do que Campos", acrescentou Estrella.
Segundo ele, a vantagem da bacia de Santos é o petróleo de melhor qualidade e uma gama diversificada de óleo e reservatórios.
Estrella comemorou também a perspectiva da Petrobras ser retirada do cálculo do superávit primário. Segundo ele, a medida pode dar um alívio ao caixa da empresa e permitiria a ampliação dos investimentos da companhia.
"É uma notícia boa porque temos no portifólio projetos altamente rentáveis e concretos. Diferentemente de outras empresas, a Petrobras tem projetos em conjunto nas mais diversas áreas. São projetos importantes para a empresa e para o Brasil. É um alívio para a nossa capacidade de investimento", declarou.