Após atingir a maior alta desde fevereiro de 2004 na primeira leitura de junho, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), recuou 0,05 ponto percentual na segunda medição do mês, apontando inflação de 1,07%. A variação menor nos preços de alimentos foi a principal causa para o resultado.
O grupo alimentação teve alta de 2,78%, ante 2,98% na medição anterior. Recuaram os preços de mamão papaya (31,92%), laranja pera (9%), cebola (6,92%) e banana prata (6,82%). Itens que iniciaram o mês com inflação alta registraram variações menores na última leitura. É o caso de arroz (que passou de 18,44% para 18,13%), batata inglesa (de 20,2% para 15,9%), pão francês (de 6,2% para 4,46%) e tomate (de 12,44% para 7,54%).
Outros três grupos registraram pequena redução no índice inflacionário. No grupo vestuário, a alta ficou em 0,39%, ante 0,46% apurado até o dia 7. A diferença deve-se à queda de 0,67% em calçados, que na semana anterior subia 0,42%. O grupo saúde e cuidados pessoais apontou variação de 0,67%, 0,06 ponto abaixo do verificado na medição anterior, resultado da desaceleração nos preços de medicamentos, que baixou 0,3 ponto percentual, para 0,59%. O grupo transportes variou 0,09, ante 0,17% na apuração anterior, tendo como principal fator para a desaceleração a queda de 0,07% em seguro facultativo para veículos (na medição anterior, o item subiu 1,7%).
Os demais grupos, no entanto, apresentaram inflação mais acelerada em relação à medição feita até o dia 7. É o caso de habitação (que passou de 0,36% para 0,39%, educação (de 0,44% para 0,56%) e despesas diversas (que sai de uma deflação de 0,02% para alta de 0,07%). Apesar de o índice geral ter apontado variação menor que na primeira semana do mês, ainda preocupam a disseminação da inflação para todos os grupos apurados e a aceleração em preços administrados e serviços.