Todas as tentativas para conseguir apurar na Assembléia Legislativa de São Paulo as denúncias envolvendo a multinacional francesa Alstom com o pagamento de propinas a integrantes do governo tucano paulista foram barradas ontem pela bancada do PSDB, que tem maioria na Casa. Os sete requerimentos em que os deputados do PT pediam informações e a convocação de envolvidos nas denúncias, como o ex-secretário estadual de Energia Andrea Matarazzo, homem de confiança do governador José Serra (PSDB), foram rejeitados na CPI que investiga a privatização da Eletropaulo.
A ação dos governistas só não foi mais ampla porque o deputado Enio Tatto (PT), autor de 13 requerimentos, retirou de votação os seis últimos.
Como as denúncias de pagamentos de propinas da Alstom para funcionários do governo do tucano, na gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a prefeito de São Paulo, envolveram contratos com a Eletropaulo, petistas quiseram aproveitar a CPI para tentar apurar os fatos. A comissão também rejeitou um requerimento que pedia ao Ministério da Justiça informações sobre a investigação da Alstom, que comprovariam a ligação da multinacional com a Eletropaulo.