Em reunião fechada com 38 intelectuais em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse se preocupar com a continuidade de programas, após sua saída do governo.
Lula, segundo relatos após o encontro de mais de quatro horas, tratou a chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, também presente, como "possível" candidata à sua sucessão.
Entre os presentes, Antonio Candido, Paul Singer, Emir Sader, Maria Victoria Benevides, Gabriel Cohn, Candido Mendes, Dalmo Dalari, Fernando Morais, Glauco Arbix e Leonardo Boff. Além dos ministros Fernando Haddad (Educação), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos).
Após o encontro, Benevides falou sobre uma "nova realidade jurídica". Questionada se foram discutidas novas leis para manter os programas do governo, disse que a expressão havia sido usada por ela e que Lula quer criar condições políticas. Segundo Candido Mendes, Lula falou sobre política externa. – Ele mostrou a importância de nossa política externa não poder ser presa a alguns chavões, como incompatibilizado com o presidente Hugo Chávez – explicou.
Emir Sader disse que Dilma se antecipou para explicar a suposta interferência da Casa Civil durante o processo de venda da VarigLog e da Varig e também sobre o dossiê. Os professores defenderam Dilma.
– A questão muitas vezes é que essas agências (reguladoras) não podem ser capturadas pelo poder público. Ela afirma que, se isso é verdade, o maior problema é justamente quando essas agências são capturadas por interesses particulares e privatizantes – disse Benevides.
Questionados sobre o caso Varig, Sader respondeu:
– A informação geral é de que isso foi acompanhado pelo Judiciário