sexta-feira, 27 de junho de 2008

Máquina distribuirá camisinha em escolas


Ministério da Saúde quer estimular comportamento seguro entre jovens

Para encurtar a distância entre os adolescentes e a camisinha, o Ministério da Saúde, até o final do ano, vai implantar 400 dispensários de preservativos em escolas públicas do País. O funcionamento é parecido com o das máquinas de refrigerante. Basta inserir a ficha para sair a peça-chave do sexo seguro. A distribuição será gratuita.

“A proposta é estimular o comportamento seguro entre os jovens. Os dispensários evitam o possível constrangimento de solicitar a camisinha ao agente de saúde ou educador”, diz Eduardo Barbosa, diretor adjunto do programa nacional de aids. “Mas a escola só recebe a máquina se já participar de programa de educação sexual do ministério.”

O governo federal ainda não definiu quais escolas vão receber os dispensários. O custo unitário de produção da máquina é de R$ 400. Se chegarem à capital paulista, serão bem vindas, afirma Sandra Maria Monetti, assessora técnica do projeto da Prefeitura Aprendendo com Saúde. “Estamos em um processo de aproximação entre a educação e a saúde. Uma demanda dos professores é justamente o debate sobre a educação sexual dos estudantes”, diz .

A educação sexual é apontada como forma mais eficaz de reduzir o índice atual de 14,1% de gravidez na adolescência na Capital e a presença cada vez mais freqüente de meninos e meninas nas estatísticas de aids. Para diminuir o número, este ano, a Secretaria Municipal de Saúde realizou 22 oficinas nas escolas para estimular a prevenção. “A idéia das máquinas é sensacional. A camisinha fica ao alcance do jovem, rompe a barreira da vergonha. Hoje, os adolescentes não usam o preservativo por falta de intimidade”, acredita o psiquiatra Içami Tiba.

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