O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante o programa de rádio Café com o Presidente, que o Orçamento de 2008 será aprovado esta semana pelo Congresso Nacional. E, bem a seu estilo, criticou deputados e senadores, insinuando que os parlamentares deveriam seguir o seu exemplo e trabalhar mais.
Eu estou convencido de que [deputados e senadores] vão aprovar esta semana e vamos tocar o barco com muita normalidade - salientou o presidente.
Lula lembrou que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas favelas são "de interesse de todo mundo" e, por isso, o Orçamento deve ser aprovado.
Eu não posso crer que apenas eu queira trabalhar, e eles [os parlamentares] não. [...] Eu tenho certeza de que há disposição e vontade política do Congresso em votar. Mas eu estou convencido de que eles vão votar porque sabe a oposição e sabe a situação que o Brasil precisa do Orçamento. Não é o governo que precisa do Orçamento. O governo apenas gerencia. Quem precisa do Orçamento é o povo brasileiro - acrescentou.
Prazer das pessoas
Segundo o presidente, os investimentos em urbanização de favelas chegam a R$ 40 bilhões e são, para ele, a forma que o Estado encontrou para "recuperar o prazer das pessoas morarem no lugar que escolheram para morar". Lula disse, ainda, que a atual situação das periferias é reflexo da ausência do Estado há 50 anos.
Ao não fazer a intervenção com obras públicas, levando as coisas que o Estado tem que levar, as pessoas foram se apinhando, umas em cima das outras e as casas foram sendo amontoadas - completou.
O petista ressaltou que as obras estão começando em todas as capitais e destacou a abertura de ruas, construção de postos policiais, hospitais, áreas de lazer e bibliotecas.
Ou seja, nós vamos cuidar para que as pessoas tenham nas favelas onde moram as mesmas condições de vida que tem todo cidadão brasileiro que mora num bairro comum deste país - comentou
O presidente comentou, ainda, que estava satisfeito com o fim das tensões entre Colômbia e Equador, que estavam à beira de uma guerra
Parece que a tensão baixou na América do Sul, ou seja, parece que os discursos deram lugar ao bom senso e parece que as coisas estão acontecendo com uma certa tranqüilidade - comemorou
