O presidente Lula disse ontem que pretende viajar “pelo menos duas vezes por semana” ao longo deste ano. A declaração de Lula foi dirigida aos ministros que fazem parte da coordenação política do governo, em reunião pela manhã no Palácio do Planalto. Durante o encontro, o presidente fez ainda uma entusiasmada avaliação de sua viagem ao Rio de Janeiro, na última semana. Na ocasião, ele visitou as comunidades da Rocinha, de Manguinhos e do Complexo do Alemão, para inaugurar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao lado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
No Rio, Lula chegou a chamar Dilma de “mãe do PAC”. O programa promete ser o carro-chefe da possível campanha da candidata preferida do presidente à sucessão dele em 2010. Hoje, o presidente irá à cidade de Dianópolis (Tocantins), para inaugurar novas obras do PAC. Está prevista também uma viagem no fim da semana para o interior de São Paulo com o mesmo objetivo.
Em seu programa de rádio semanal, Café com o presidente, Lula também falou sobre a visita que fez às favelas cariocas. “Esses lugares foram sendo ocupados e durante décadas o poder público não fez uma intervenção. Ao não fazer a intervenção com obras públicas, levando as coisas que o Estado tem que levar, as pessoas foram se apinhando, umas em cima das outras, as casas foram sendo amontoadas e nós agora estamos começando a recuperar o prazer das pessoas morarem no lugar que escolheram pra morar”, afirmou Lula.
Favelas
O presidente enfatizou ainda que o programa não será levado apenas às favelas cariocas. “Nós estamos fazendo isso nas 26 capitais, mais no DF. Não há uma única capital ou região metropolitana que não esteja recebendo obras do PAC, que estão começando neste momento. São bilhões e bilhões de reais investidos na urbanização de favelas, em saneamento básico, recuperação de casas e construção de novas casas”, afirmou Lula, segundo o qual sua visita ao Rio foi uma experiência “extremamente prazerosa”. “Eu olhava na cara das pessoas e eu sentia o prazer das pessoas perceberem que o Estado estava começando a assumir a sua responsabilidade de fazer aquilo que é obrigação do Estado fazer”, disse o presidente. “Eu agora vou viajar muito o Brasil. É importante ter em conta que eu vou percorrer o Brasil, tenho uma agenda em que eu vou visitar todas as capitais”, acrescentou.