sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Desemprego cai e rendimento médio cresce 0,5%

A taxa de desemprego nacional, apurada nas seis maiores regiões metropolitanas, situou-se em 8% da população economicamente ativa (PEA) em julho, com leve alteração em relação à marca de 8,1% de junho. No sétimo mês de 2008, o nível de desocupação se encontrava em 8,1%. Os dados são Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O contingente de desocupados nas seis regiões pesquisadas equivaleu a 1,854 milhão, considerado estável pelo organismo perante o 1,867 milhão de desempregados em junho. O estudo mostrou que, em julho de 2008, esse grupo também abrangia 1,867 milhão de pessoas.

Na passagem de junho para julho, ficaram estáveis as taxas em Recife (10,2%) e no Rio de Janeiro (6,3%). A taxa de desocupação de São Paulo teve leve alteração, indo de 9% para 8,9%. Em Belo Horizonte, a queda foi mais marcada, com o indicador ficando em 6,1%, ante os 6,9% do sexto mês de 2009. Já em Salvador, a taxa saiu de 11,2% para 11,4%. Em Porto Alegre, também houve avanço no indicador, que deixou os 5,6% de junho para 5,8% um mês depois.

Conforme o levantamento, havia 21,332 milhão de pessoas ocupadas em julho nas seis regiões metropolitanas analisadas pelo IBGE, mais do que as 21,148 milhões de pessoas nessa situação um mês antes e também acima dos 21,110 milhões de ocupados em julho do calendário passado.

O IBGE apurou também que rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores correspondeu a R$ 1.323,30 em julho. Isto implica, segundo a pesquisa, um acréscimo de 0,5% perante o mês anterior e alta de 3,4% no comparativo com julho de 2008. No comparativo com junho, o rendimento aumentou em Recife (5,1%, de R$ 849,73 para R$ 893), Salvador (3,3%, de R$ 1.079,90 para R$ 1.115,20), Rio de Janeiro (4,2%, de R$ 1.306,14 para R$ 1.360,50) e Porto Alegre (1,7%, de R$ 1.266,54 para R$ 1.287,70). Foram verificadas quedas em Belo Horizonte, de 1,6%, onde o rendimento passou de R$ 1.260,46 para R$ 1.240,20, e São Paulo, de 1,9%, com o rendimento partindo de R$ 1.461,66 para R$ 1.433,90.

O mercado de trabalho brasileiro teve um aumento na qualidade do emprego em julho, já que os postos com carteira assinada subiram 1,5% entre junho e julho, o que significou a criação de 142 mil vagas formais nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.

O maior impulso para a geração de empregos formais no período foi em São Paulo, onde foram criadas 106 mil vagas desse tipo, a maior parte no comércio. "Em meio à crise, não perdemos qualidade de emprego", frisou Cimar Azeredo, gerente da pesquisa.

O destaque negativo ainda é a indústria, que gerou 9 mil postos em julho, um crescimento de 0,3% frente a junho. Na comparação com julho do ano passado, houve queda de 4,7% nos postos de trabalho do setor, o equivalente a 171 mil vagas a menos. "Na crise, foram perdidos muitos postos relacionados ao chão de fábrica", disse Azeredo. A boa notícia para a indústria ficou por conta de Porto Alegre, onde o emprego no setor subiu 4,8% entre junho e julho, o equivalente a 17 mil vagas, puxadas pelos segmentos automobilístico de calçadista.

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