quarta-feira, 8 de julho de 2009

PT decide não decidir


Os senadores do PT alinhados à exigência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de apoio incondicional ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), arranjaram, ontem, uma justificativa para adiar a reunião da bancada que trataria da posição oficial do partido na crise da Casa: a ausência dos parlamentares. O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), remarcou para hoje o encontro com o argumento de que três dos 12 integrantes da bancada não estariam presentes. Na verdade, Mercadante tenta ganhar tempo para dissuadir os petistas de adotarem publicamente um discurso contrário à imposição do Planalto. Lula considera a defesa do cacique peemedebista fundamental para o projeto presidencial da ministra Dilma Rousseff em 2010.

O encontro da bancada ocorre tradicionalmente às terças. No início da tarde, ocorreu solenidade em comemoração aos 15 anos do Plano Real. Mercadante costurou lá o motivo para adiar o encontro. Também interessada em protelar uma posição partidária, a líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (SC), avisou a Mercadante que viajou a São Paulo para acompanhar Dilma. Os senadores Delcídio Amaral (MS) e Flávio Arns (PR) não chegaram a tempo.

Uma das defensoras do afastamento de Sarney, a senadora Marina Silva (PT-AC) até tentou realizar a reunião. Na solenidade, sentou-se ao lado de Mercadante e cobrou o encontro. Em vão. “O Mercadante achou por bem remarcar para que toda a bancada esteja presente”, disse posteriormente o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Ao menos, uma posição a bancada vai ter hoje. Mercadante anunciou que apresentará a posição petista sobre o funcionamento da CPI da Petrobras, depois que a oposição aceitou abrir mão da relatoria da CPI das ONGs e da criação da CPI do Dnit.

Atos secretos
No dia em que a Mesa Diretora decidiu anular mais dois dos 663 atos secretos, a Procuradoria da República no DF determinou que a Polícia Federal abrisse inquérito sobre o caso. Serão investigados os ex-diretores Agaciel Maia, João Carlos Zoghbi e outros cinco servidores. A Mesa anulou ato assinado em 2006 pelo ex-diretor-geral Agaciel Maia que concedia aumento para 40 chefes de gabinetes. Segundo o diretor geral atual, Haroldo Tajra, ninguém chegou a ser beneficiado pela medida, e, por isso, não haveria necessidade de restituição. O outro ato concedia reajuste de R$ 20 no auxílio alimentação a funcionários terceirizados

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