A demanda brasileira por eletricidade alcançou o montante de 32.159 gigawatts-hora (GWh) em março, um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Trata-se, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entidade responsável pela divulgação dos dados, da menor taxa mensal de crescimento desde fevereiro de 2007.
Segundo o órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia, o baixo desempenho do consumo de energia no terceiro mês do ano foi motivado pela ocorrência de um verão ameno durante todo o trimestre no Sudeste, Centro-Oeste e Sul, ou seja, as temperaturas nessas regiões ficaram abaixo da média histórica dos últimos dois anos. O calor menos intenso faz com que os consumidores, sobretudo os de baixa tensão (classe residencial e comercial), liguem com menor freqüência aparelhos de refrigeração e climatização.
O consumo comercial de eletricidade subiu 2,4% em março, em relação ao mesmo período de 2007, enquanto a demanda na classe residencial teve acréscimo de apenas 0,6%. Na área industrial o aumento em igual período foi de 4,4%.
Entre janeiro a março, houve um avanço de 4,3% o consumo de energia elétrica. No acumulado dos últimos 12 meses, o acréscimo foi de 5,5%.
Produção
A Eempresa de Pesquisa Energética destacou no seu boletim mensal de consumo o crescimento da autoprodução de energia, uma estratégia observada principalmente na área industrial. A entidade ligada ao Ministério de Minas e Energia aponta como exemplo o aumento da produção própria da Companhia Níquel Tocantins, grande consumidor no estado de Goiás. Segundo a EPE, "parte expressiva da carga" da empresa está agora atendida por autoprodução.