terça-feira, 8 de abril de 2008

Governador do PPS é acusado de favorecer contrabandistas


Filho e sobrinho de Ivo Cassol ex- PSDB e atual PPS. foram presos, junto com ex-senador

Relatório encaminhado ontem pela Polícia Federal à Procuradoria Geral da República sugere que o governador de Rondônia, Ivo Cassol, pode estar envolvido num esquema fraudulento de importação de veículos de luxo trazidos dos Estados Unidos. O escândalo já resultou na prisão de seu filho, Ivo Júnior Cassol, do ex-senador senador Mário Calixto Filho, de um sobrinho do governador, Alessandro Cassol Zabott, e outras 18 pessoas apanhadas em Porto Velho, Vitória, São Paulo e Belo Horizonte.

Lei sob encomenda

O governador, que nega envolvimento, é suspeito de editar lei beneficiando uma empresa que importou, ilegalmente, cerca de R$ 21 milhões em automóveis, motos, embarcações e eletroeletrônicos, causando um prejuízo estimados em R$ 7 milhões em tributos que deixaram de ser recolhidos pelo governo estadual.

A operação, apelidada de Titanic, foi deflagrada ontem de manhã depois de um ano de investigação. Os policiais cumpriram 51 mandados de busca e apreensão – vasculhando residências e escritórios – e prenderam 13 pessoas no Espírito Santo, seis em Rondônia e outos três em São Paulo. Apenas dois acusados deixaram de ser presos por se encontrarem no exterior. Foram arrestados dois aviões lear jet supostamente adquiridos pela quadrilha com lucros das importações ilegais, avaliados em R$ 8 milhões e outros 36 automóveis (Ferrari, Porshe, Lamborghinis e, entre outros, Nissan Infiniti) e 32 motos ficaram retidos na alfândega do Porto de Peiú, no Espírito Santo. Ivo Júnior, o primo, e o ex-senador e empresário Mário Calixto foram presos em Porto Velho. Em Vitória, a polícia apanhou os empresários Adriano e Pedro Scopel, proprietários da empresa Tag Comércio de Importação e Exportação Ltda que, beneficiada pela suspeita isenção, teria montado a fraude.

Segundo o delegado Honazi de Paula Farias, com sede em Porto Velho para se beneficiar da isenção, a Tag tinha filial no Espírito Santo, mas distribuía seus produtos para outros mercados, como Rio de Janeiro e São Paulo. As guias de importação eram preenchidas com informações falsas – para enganar também a alfândega dos Estados Unidos – e com valores subfaturados para produzir uma margem de lucro entre 30% a 40% superior à de mercado em veículos e até 400% em eletroeletrônicos. O acordo entre a empresa e o governo de Rondônia, segundo a polícia, teria sido intermediado por Ivo Júnior – que ganhou passagens e hospedagem para assistir a corrida de fórmula 1 no ano passado em São Paulo – e por Mário Calixto Filho.

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