A direita do PT repete o encontro de Jânio, da UDN, com Che Guevara e Fidel. "Uma imagem vale mais que mil palavras"
Uma reunião de políticos do PSDB em Recife serviu para articular a demolição do projeto de entendimento com o ministro Guido Mantega (Fazenda) em torno da CPMF, afirma o blog do articulista Josias de Souza.
A reunião fazia parte de uma série de debates, organizado para preparar o novo programa do partido. Foi o último seminário de uma série de onze. Entre os temas discutidos estavam "defesa nacional, política internacional e comércio exterior".
Longe dos microfones, falou-se apenas de CPMF e do incômodo que as negociações com o governo provocam no partido, em especial, na bancada de deputados do PSDB.
Alguns deputados cobraram pressa dos senadores na oficialização da posição contrária à CPMF. Argumentaram que o prolongamento do diálogo com o governo impõe ao PSDB um desgaste desnecessário e que a negociação põe em dúvida os pendores oposicionistas da legenda, justamente no momento em que o PSDB prepara um novo ideário.
O PT, confiando no “entendimento” desenvolvido pelo seu grupo de direita, articulado dentro do Gabinete do senador Tião Viana, por orientação direta da mineira Sandra Starling, se encontra literalmente sem saída, após ter abandonado o senador Renan Calheiros.
Anos atrás, dirigentes do PT mineiro já profetizavam: “Sandra adora bancar o Tiradentes com o pescoço dos outros”.
Não deu outra, depois de participar ativamente do sepultamento das últimas candidaturas ao governo de Minas pelo PT, em beneficio do PSDB, Sandra Starling conseguiu enterrar, de uma vez por todas, os programas sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para estes “intelectuais”, mero paternalismo do Estado.
O restante do PT no país não conhece e pouco entende das características dos políticos mineiros, baseadas na traição dos Andradas e na esperteza de Alckimin.
Estes comportamentos políticos em Minas são considerados virtude.
Tarde, muito tarde para o PT nacional descobrir que os políticos mineiros, dentre eles seus próprios companheiros, defendem primeiro seus projetos pessoais e se equilibram no Poder desde o início da República.
Os que foram Liberais e PR, no início da República, se transverteram em PSD, PTB ou UDN, depois se uniram, por conveniência e sobrevivência, à Arena pós 1964 e, posteriormente, no PDS, para se banharem na águas da Frente Liberal e se transformarem em PSDB, PP, PTB, PFL (hoje, Democratas).
Tudo fazem para permanecer no Governo. Em Minas, não existe oposição política. O adesismo é a mais autêntica instituição política mineira.
O PMDB, desde o início, foi a “Oposição Consentida”, pois os verdadeiros oposicionistas foram cassados, exilados e até mesmo exterminados, físico e politicamente, enquanto o MDB representava algo de novo.
E o PT?
Este, sem dúvida alguma, continha e ainda contém correntes de “autênticos”. Porém, diluídas frente à predominância e porque não dizer a hegemonia do grupo que representa o supra-sumo genético do cruzamento dos vestais com a turma da bandinha da antiga UDN.
A alternância de poder nacional, com o fim dos programas sociais de Lula, diante da reprovação da CPMF, será automática.
E agora Sandra Starling “da Silva Quadros”?