Foi uma covardia. Na segunda-feira passada, em São José dos Campos, o advogado Anatole Morandini foi agredido a coronhadas na cabeça.
Não tinha como se defender nem como fugir: é cadeirante. Por que foi espancado? É que reclamara de um motorista que estava usando uma vaga exclusiva para deficientes em uma rua na região central da cidade.
O dono do carro, aparentemente, não convive bem com críticas e reclamações. Saiu furioso em direção ao cadeirante, de revólver em punho, e começou as agressões. A tal ponto que uma testemunha julgou tratar-se de um assalto.
Não era assaltante, todavia, o agressor de Anatole Morandini. Era um delegado de polícia.
Nesta quinta-feira, a Secretaria de Estado da Segurança Pública resolveu afastar o delegado de suas funções. Além de uma rigorosa sindicância, certamente ele está precisando de um bom descanso.
O caso é chocante em si mesmo, mas também simboliza o desrespeito a que são submetidos os portadores de deficiência física.
Alguns avanços, como rampas para quem usa cadeira de rodas, inscrições em braile em elevadores, e vagas reservadas em estacionamentos, vão aparecendo lentamente. A questão é respeitar as leis.
Dada a insensibilidade geral para o problema, que pode até resultar em violência e covardia, seria o caso de pensar se, em cada cadeira de rodas, não valeria instalar um alarme de emergência.
Poderia ser acionado a cada desrespeito sofrido. O buzinaço seria grande, mas pelo menos ajudaria a chamar a polícia em cada abuso. Mas cuidado. Em vez de polícia, pode aparecer um delegado furioso.
Olá estou começando um trabalho no meu blog, de divulgar notícias.Gostaria que pessoas como você mim seguisse.
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