quarta-feira, 17 de maio de 2006

As TVs nos presídios




Governador de São Paulo defende instalação de televisores para presidiários. Mas disse que não foi informado, ainda, se os aparelhos levados para os presídios foram comprados pelo próprio governo ou pelos detentos.



O governador de São Paulo defendeu, hoje, a instalação de televisores para presidiários. Mas disse que não foi informado, ainda, se os aparelhos levados para presídios foram comprados pelo próprio governo ou pelos detentos.

O Ministério Público de São Paulo já começou a investigar se presos foram beneficiados com TVs e outras regalias.

“O Ministério Público entende que a reação do estado tem que ser de firmeza. Cada vez que cede tá levando a uma situação intransponível. Do jeito que as coisas estão não há limite mais pra negociação. Chegar ao ponto de exigir televisor pra assistir à Copa do Mundo é uma situação de evidente absurdo, que nós não podemos tolerar”, comentou o promotor Rodrigo Rebello Pinho, procurador geral de Justiça – SP.

Recentemente, 60 TVs teriam entrado no sistema penitenciário para atender a um pedido dos presos.

"O que foi autorizado é que se coloque um aparelho de TV num local de uso comum sem ônus pro estado. Não tenho informação nenhuma de que esses aparelhos foram comprados por facção criminosa que são A, B ou C. Não tenho informação nenhuma sobre isso, não creio até que isso tenha acontecido", falou Nagashi Furokawa Nagashi Furokawa, secretário de Administração Penitenciária-SP.

"Vou fazer sindicância e quero saber se isso chegou aos presídios do mundo externo ou se foi a própria secretaria SAP que ofereceu essas televisões. Vou analisar. Não tive essa informação. Eu acho possível e necessário que eles tenham entretenimento, são seres humanos. E há situações em que eles devem assistir televisão sim e é até oportuno”, disse Cláudio Lembo, governador de São Paulo.

Os ataques que atingiram São Paulo na última sexta-feira teriam sido suspensos depois de um encontro na penitenciária de Presidente Bernardes entre o chefe de uma quadrilha e uma comitiva formada por uma advogada, o comandante de policiamento da região, um delegado e um corregedor dos presídios.

A trégua teria sido acerta em troca do abrandamento da disciplina no presídio de Presidente Vesceslau, onde estão 765 presos. Esse acordo é negado pelas autoridades.

Por decisões da Justiça paulista, o chefe da quadrilha que comandou os atentados, Marcos Camacho, vai continuar no presídio de Presidente Bernardes, em regime disciplinar diferenciado e por 90 dias.


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