quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Na eleição de Obama internet serviu mais à mobilização do que a ataques de candidatos


O uso da internet pelo hoje presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, marcou as eleições presidenciais de 2008 e lançou para o Brasil a expectativa de que o fenômeno pudesse se repetir nas eleições deste ano. Mas já ao iniciar a sua ofensiva cibernética Obama se deparou com cenário diferente do brasileiro: segundo dados compilados pelo cientista político Wilson Gomes, professor de Comunicação Social na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em seu artigo Politics 2.0 - a campanha online de Barack Obama, 35% dos eleitores americanos já haviam assistido a vídeos on line em junho de 2008 e 10% usavam a rede social Facebook para atividades políticas.

No ano em que Obama se elegeu, nada menos que 200 milhões de americanos, ou 73% da população adulta do país, tinha acesso regular à internet. A rede de vídeos You Tube e a de microblogs Twitter haviam sido criadas em 2006. O objetivo do candidato democrata era mobilizar o eleitorado, sobretudo o jovem, a votar e a contribuir financeiramente com a campanha de Obama. Um dos criadores do Facebook, Chris Hughes foi contratado, e uma rede social própria foi criada a MyBO. O então candidato chegou a ter 4,6 milhões de amigos nas redes de relacionamento.

A campanha de Obama montou três canais de vídeo no You Tube, que é o terceiro site mais visitado da internet no mundo. Foram postados nada menos que 1,8 mil vídeos, que tiveram 20,6 milhões de acessos. No Flickr, um site de armazenamento de fotos, foram colocadas 53 mil imagens da campanha. Sua conta no Twitter chegou a 144 mil seguidores.

O candidato investiu em publicidade para buscas patrocinadas no Google. Quem usasse o buscador da internet para informações sobre saúde pública, por exemplo, via a página do candidato como um dos primeiros links. O uso de mensagens SMS por telefone celular, instrumento pelo qual Obama informou em primeira mão a escolha do vice-presidente Joe Biden, também não foi pequeno: 803 milhões de mensagens foram expedidas.

Pouco disso foi usado para campanhas de desconstrução da imagem do adversário John McCain, ainda que Obama tenha usado a rede na internet para reagir a ataques. Sobretudo nas primárias, Obama utilizou a internet como instrumento mobilizar e não é possível compreender a sua eleição sem analisar a sua atuação na rede virtual, disse Antonio Lavareda, cientista política e dono do instituto de pesquisas Ipespe

1 Comentários:

  • domingo, 31 outubro, 2010
    ANANDA Disse:

    boa

    delete

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