sábado, 23 de outubro de 2010

PSDB recua e desiste de mover ação contra presidente

Um dia depois de anunciar que questionaria na Justiça o presidente Lula por ter declarado que a agressão sofrida por José Serra na última quarta, no Rio, foi uma "farsa", o PSDB recuou e desistiu de interpelar o presidente.

A campanha de Serra, porém, decidiu entrar com representação na Procuradoria-Geral da República por crime eleitoral contra dois militantes do PT, acusados de ter impedido Serra de fazer propaganda eleitoral.

São eles o candidato a deputado estadual pelo PT Sandro Alex de Oliveira Cezar e o diretor do Sindicato dos Agentes de Combate a Endemias José Ribamar de Lima.

O senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, que anteontem afirmou que o partido entraria na Justiça contra o presidente, não comentou o recuo: "Por enquanto não vamos fazer nada [em relação a Lula]. Do ponto de vista legal, o que o partido tinha que fazer foi feito agora".

Segundo o advogado da coligação, Ricardo Penteado, a representação contra Lula não é urgente: "Precisa aplicar multa no Lula para deixar o Serra andar em paz?"

Penteado diz não saber se efetivamente tomará alguma medida judicial contra Lula.

Já o médico Jacob Kligerman, que atendeu Serra após o confronto, disse esperar retratação de Lula e não descarta uma ação judicial contra ele. "Não posso permitir que eu seja acusado de farsante", afirmou o médico.

Nos discursos, líderes da campanha foram unânimes ao acusar Lula de estimular a violência. "Nós queremos responsabilizar o presidente da República por qualquer ato de violência que aconteça", disse o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP).

O ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) disse que, "Lula é o aloprado de 2010". A agressão contra Serra foi chamada pelo senador eleito Aloysio Nunes (PSDB-SP) de "tecnologia fascista".

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