terça-feira, 20 de setembro de 2005

Um outro programa do Governo LULA que foi amplamente sabotado pela imprensa safada... Estão mordendo a língua mais uma vez.

Aposentados "levantam o traseiro da cadeira" e derrubam juros

Os aposentados estão sacudindo a economia brasileira. Eles foram os primeiros a "levantar o traseiro da cadeira", como sugeriu o presidente Lula, para estimular a concorrência bancária. Fizeram tanto barulho que provocaram uma reunião de horas e muita discussão na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e acirrou uma briga entre grandes e pequenas instituições. O saldo é: grandes bancos começam a entrar no mercado de crédito consignado para os aposentados com taxas muito competitivas.
O Bradesco começou a operar crédito consignado em agosto. O Real iniciará a oferta de crédito nas próximas semanas. Além disso, os bancos alinhavaram uma operação para iniciar em outubro o recadastramento dos aposentados. Um negócio e tanto para os bancos, que vão receber pelo serviço uma taxa cada vez que um dos 23 milhões de aposentados se recadastrar. Dois foram os motivos que mantiveram os grandes bancos fora desse mercado: o risco da carteira e o medo de canibalização de seus próprios produtos.
Concorrência
Isso é relevante quando se observa a brutal queda nas taxas dos empréstimos. Produtos como cheque especial custam mais de 10% ao mês. Já o crédito direto ao consumidor custa cerca de 7% ao mês. Comparado a esses produtos, o crédito consignado ao aposentado é uma pechincha: menos de 2% ao mês para operações de até seis meses e 4% para empréstimos de 48 meses. Por essa razão, os aposentados fizeram filas em bancos que antes eles nem sequer tinham ouvido o nome.
Os bancos de menor porte, sem o poder de distribuição das redes de agências, encontraram então uma forma de ficar extremamente competitivos. Afinal, tinham o produto que o cliente queria e não encontrava no banco de seu relacionamento. As grandes instituições sentiram a concorrência nos calcanhares. "Os bancos menores foram muito agressivos", diz Décio Tenerello, vice-presidente do Bradesco. "Sem dúvida tivemos clientes que foram atendidos por esses bancos", acrescenta.
Detalhes
Para atender seus 4,3 milhões de aposentados, o Bradesco contratou um time de senhoras a partir de 50 anos de idade e jogou as taxas lá em baixo. Hoje é possível para os aposentados tomar empréstimos de até 1,75% de taxa ao mês nas agências do Bradesco, ao mesmo tempo em que batem papo com senhoras muito falantes e simpáticas, tomam café e comem biscoitos. Elas receberam treinamento, aprenderam o que é juro e como tomar crédito.
Enquanto os bancos menores vendiam fartamente esses empréstimos, os grandes bancos negociavam na Febraban detalhes operacionais. Eles não estavam confortáveis com a forma de pagamento do empréstimo. Pelo mecanismo, o valor da prestação só era pago cinco dias depois de o aposentado receber o benefício. Ou seja, há uma defasagem entre o momento em que o aposentado é descontado e o momento em que o banco recebe. "As divergências ainda não foram superadas, mas resolvemos entrar no mercado porque ainda há um universo enorme de pessoas que não foram atendidas", diz Tenerello.

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