Com a suspensão da greve dos auditores fiscais na segunda-feira da semana passada, o resultado das exportações e das importações atingiu o maior valor semanal da história. Na terceira semana de maio, a balança comercial apresentou superávit de US$ 922 milhões, diferença entre exportações de US$ 5,294 bilhões e importações de US$ 4,372 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgados ontem.
No ano, as exportações totalizam US$ 63,708 bilhões e as importações, US$ 56,909 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,799 bilhões. O resultado é 56,4% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, devido ao crescimento mais intenso das importações (44,4%), enquanto as vendas externas avançaram 15,8%.
No mês, o saldo acumulado ficou em US$ 2,219 bilhões. As exportações somaram S$ 10,959 bilhões até a terceira semana de maio. A média diária cresceu 60,6% no período, atingindo US$ 996,3 milhões. As três categorias de produtos apresentaram expansão. Os produtos básicos tiveram aumento de 115,7%, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, minério de cobre, soja em grão, minério de ferro, farelo de soja e carne de frango, suína e bovina). Celulose, ferro-ligas, ferro fundido, semimanufaturados de ferro/aço, alumínio em bruto e açúcar em bruto impulsionaram o crescimento de 59,1% das exportações semimanufaturados. Manufaturados avançaram 23,6%,, em razão de óleo de soja refinado, óleos combustíveis, óxidos e hidróxidos de alumínio, álcool etílico, motores e geradores, automóveis de passageiros, tratores e aparelhos para terraplanagem).
No mês, as importações atingiram US$ 8,740 bilhões. A média diária até a semana de maio, de US$ 794,5 milhões, foi 78,5% superior à média de maio de 2007. Segundo o MDIC, aumentaram as compras, principalmente, de adubos e fertilizantes (+292,1%), combustíveis e lubrificantes (+175,8%), veículos automóveis e partes (+96,3%), cobre e suas obras (+74,0%) e siderúrgicos (+64,5%).
"É importante observar que tanto do lado das exportações quanto do lado das importações o item que explica as taxas muito altas de crescimento é petróleo e derivados", afirma o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), em nota. As exportações no setor cresceram 215% e representaram 32,3% do aumento das vendas externas de maio de 2007 para o mesmo mês de 2008. Ja as compras de combustíveis aumentaram 178,5%, sendo responsáveis por 38,3% do aumento das importações. Também influenciou o desempenho a valorização das commodities como soja e de minérios.