O PAC não pode parar. Mas o presidente Lula mostrou-se preocupado, pela primeira vez, com a dimensão que o nome da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, tomou depois que a chamou de mãe do PAC. Em um encontro recente com um amigo, Lula confidenciou que teria de frear um pouco as viagens pelo país para preservar a chefe da Casa Civil das especulações sobre 2010.
Não que as viagens não estejam rendendo frutos. Até demais. Os palanques para obras são vistos como eleitoreiros. Lula acredita, porém, que a eventual ascensão de Dilma nas próximas pesquisas pode enciumar a base, balançar a coalizão e, se antes da hora, queimar a ministra. O recente jantar entre caciques do PMDB com o governador Sérgio Cabral, no Rio, no qual só se falou de 2010, foi visto como um sinal.
Dentro do PT, há graúdo que também acredita ser cedo para tratar Dilma como candidata. O ministro Tarso Genro (Justiça) andou dizendo domingo, lá no Sul – terra sua e de Dilma – que ela não tem experiência política.