Palácio do Planalto, ontem, 9h30 da manhã. No terceiro andar, um casal animado entra numa sala. Eram o presidente Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff – que, na véspera, foi sabatinada pela oposição no Senado. Na sala, seis governadores à espera deles para tratar do Plano Amazônia Sustentável. Mas a pauta foi outra.
Ana Júlia (Pará), Eduardo Braga (Amazonas), Blairo Maggi (Mato Grosso), Binho Marques (Acre), Waldez Goes (Amapá) e até o tucano Ivo Cassol (Rondônia) ergueram-se e correram felizes para cumprimentar Dilma pela performance. No que Lula, brincalhão, soltou a frase: "Cumprimentem o Zé Agripino", para a gargalhada da turma.
Piadas à parte, Dilma mostrou que tenho punho para segurar a bandeira de uma candidatura, e a grande virada foi em cima da gafe do líder do DEM, Agripino Maia. Agora, a estratégia de Lula é outra, dizem interlocutores. Dilma vai pavimentar a candidatura se obtiver, depois de outubro, 10% nas pesquisas. Aí, o outro desafio é convencer o PT.
Cara a cara
O presidente Lula, de passagem hoje por Salvador, vai colocar frente a frente o ministro da Integração, Geddel Vieira (PMDB), e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que não vão bem de papo.
Cara a cara 2
Lula não vai dizer uma palavra sobre a crise dos dois no palanque do PAC de hoje, mas o gesto será o sinal para que se resolvam. O presidente não quer partidos da coalizão brigando por votos. Ainda mais com vistas para 2010.