A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem, em Brasília, que o Trem de Alta Velocidade (TAV) que ligará as cidades de São Paulo , Rio de Janeiro e Campinas, deve estar a pronto para a Copa do Mundo de Futebol, realizada no Brasil em 2014. Para isso, a ministra afirmou que governo pretende puxar a licitação da obra para fevereiro de 2009.
No balanço do primeiro ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o leilão estava previsto para o primeiro semestre, sem precisar o mês.
"A licitação será no primeiro semestre de 2009, no máximo, para ser utilizado (o TVA) em junho de 2014 na Copa do Mundo", anunciou Dilma.
A ministra esteve na Audiência Pública na Comissão de Infra-Estrutura do Senado para falar sobre o andamento das obras do PAC, ainda que o principal objetivo da convocação dos senadores tenha sido o caso do "Banco de Dados", como referiu-se Dilma, montado pela Casa Civil para monitorar os gastos do governo com cartão corporativo, ou, como prefere a oposição, do "Dossiê do Cartão Corporativo".
O cronograma apresentado pela ministra prevê que a definição do traçado do trem-bala seja tomada ainda neste mês e que até fevereiro sejam cumpridas as demais etapas para que a concessão seja realizada no primeiro bimestre de 2009.
Dilma esteve em recente visita ao Japão e a Coréia do Sul, onde buscou parcerias para a construção do trem, avaliado em US$ 11 bilhões e que deve unir os aeroportos do Galeão, no Rio, aos de Guarulhos, na Grande São Paulo e de Viracopos, em Campinas, com vias na extensão de 550 quilômetros.
Segundo a ministra, o convênio entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já contratou a consultoria inglesa Halcrow e as brasileiras Sinergia e Balman, para fazer os estudos de demanda do projeto. Também foram revisados os estudos anteriores que haviam sido realizados, assim como a avaliação preliminar das tecnologias de trens de alta velocidade disponíveis.
A ministra informou que estão sendo avaliadas as tecnologias de trens de alta velocidade das japonesas Mitsui, Mitsubishi, Kawasaki e Toshiba , das coreanas Rotem, Korail e KRRI, da alemã Siemens e da francesa Alston. A intenção do governo é que a tecnologia escolhida para o projeto seja transferida para empresas brasileiras, por meio da formação de um Consórcio Empresarial Brasileiro, que reunirá fabricantes, construtores e operadores.