quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Gilberto Carvalho: “é um erro achar que Delúbio agia sob orientação de Dirceu”

O chefe-de-gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, afirmou que o deputado federal e ex-ministro José Dirceu “não pode virar bode expiatório”. “Não se pode atribuir a Zé Dirceu os erros do Delúbio. É um erro achar que Delúbio agia sob orientação do Zé Dirceu”, enfatizou.

Gilberto Carvalho comentou que a saída do deputado da chefia da Casa Civil ocorreu de comum acordo, entre o presidente e o ex-ministro. Ele lembrando que o episódio “foi um processo de discussão”. “Dirceu oscilava entre sair e ficar. O presidente também tinha dúvidas. Houve acordo”, ressaltou.

O chefe-de-gabinete de Lula alertou que é importante “que a imprensa e os cidadãos tenham critérios, sob pena de cometer injustiça”, observando, por exemplo, que o “mensalão” - farsa criada por Roberto Jefferson - “não está provado”. Ele advertiu que a mídia tem adotado um comportamento que faz com que “tudo que se fala contra o PT e o governo passa a ser verdade automática”. “É razoável acreditar em acusações que consigam apresentar provas com fundamento”, assinalou.

“Com toda a intimidade que tenho com o presidente, tenho absoluta convicção de que em nenhum momento o Delúbio o informou das relações com Marcos Valério e dos procedimentos que adotava”, afirmou Gilberto Carvalho.

Sobre o caso Celso Daniel, prefeito petista de Santo André (SP) morto em 2002, ele disse que acredita na conclusão da Polícia Civil de São Paulo de que foi um sequestro comum e repeliu as ilações dos dois irmãos do prefeito sobre crime encomendado: “Durante a vida do Celso Daniel, eles (os irmãos) tiveram um distanciamento efetivo do irmão. Mesmo após a morte, quem cuidou do Celso fomos nós, o partido. Durante 60 dias, a família ficou absolutamente omissa. Só quando a Polícia Civil concluiu o inquérito, a família começou a se movimentar, na medida que a investigação não atendeu a um prejulgamento que tinha. Criaram uma tese e não se conformaram que os fatos não a atendiam”.

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