quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Pedágio em SP é cobrança de imposto disfarçada, diz Dilma

Ao participar do Painel RBS, da afiliada da Rede Globo em Santa Catarina, nesta quinta-feira(12), a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, aproveitou a oportunidade para fazer ataques indiretos ao presidenciável José Serra (PSDB). O ponto escolhido foi o modelo de concessão das estradas paulistas."Quem pagar mais fica com a concessão no caso deles. É de certa forma uma cobrança de imposto disfarçada", afirmou Dilma. E questionou: "quero saber se o telespectador catarinense vai querer pagar R$ 43 para andar 300km?"

De acordo com a petista, antes de 2003, o Brasil havia parado de investir em rodovias."Quando assumimos as rodovias estavam sucateadas, passamos dois anos resolvendo a crise da dívida externa, recuperamos os investimentos de 2005 para 2006 e só aí o governo começou a investir, mas não deu tempo em cinco anos para resolver o problema de 20".

A candidata disse em várias oportunidades ter ficado "impressionada" ao acompanhar a enchente de 2008, que deixou 135 mortos e mais de 50 mil desabrigados em Santa Catarina. Questionada se está prevendo, para um possível governo, alguma ação de prevenção para desastres naturais, Dilma respondeu que tem intenção de instituir um grupo "anti-catástrofe". O órgão seria vinculado à Presidência da República e reuniria representantes da Defesa Civil, Forças Armadas e da Saúde."Acompanhei de perto a tragédia e vi o excelente trabalho do Exército no resgate às vítimas", disse.

Para Dilma, a falta de investimentos na área de drenagem no Brasil seria um agravante nas catástrofes climáticas."O País parou de investir em saneamento e drenagem. Basta ver que Santa Catarina possui um dos piores índices de cobertura de esgoto", disse.

Ela ainda pregou mudanças na legislação para auxiliar localidades atingidas com maior agilidade e citou o caso do porto de Itajaí, que teve um dos berços completamente destruído pela enchente e ainda não foi totalmente recuperado."É preciso um caminho mais rápido para estes casos", destacou. "Liberamos dinheiro para o porto, mas existe toda a questão de licitação e trâmites legais, que não são imposições nossas".

Dilma Rousseff ainda vai participar de um evento com empresários na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina. No final da tarde, realiza uma caminhada e um comício no centro de Florianópolis.

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