quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Furlan nega ter feito críticas ao governo
Fonte: Agencia Estado - Jamil Chade


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, contestou por escrito e por sua assessoria informações publicadas ontem pelo Estado em que havia afirmado que o governo não traçava objetivos e cenários para 2006.
Na noite de segunda-feira, porém, o ministro falava no lobby de seu hotel, ao jornal Valor Econômico, quando a reportagem do Estado chegou e passou a fazer parte da entrevista.


Furlan falou sobre a taxa de juros, exportações e câmbio. Ao final, jornalistas das agências EFE, BBC Brasil e Radiobrás obtiveram dele declarações sobre as exportações e logo deixaram o local. Um funcionário do governo e Mario Mugnaini, da Camex, aproximaram-se e ficaram com o grupo até o fim da entrevista. Foi nesse momento que Furlan iniciou sua avaliação política e citou questões como o desânimo e a falta de objetivos e sinalizações no governo para 2006.


Furlan afirma que não usou a palavra "metas", e de fato não o fez. Usou, porém, palavras como "sinalizações", "objetivos" e "cenários". Na carta, ele não questiona a seguinte frase publicada: "O governo não faz sinalizações, não traça cenários, objetivos nem estabelece meios para atingi-los". Diz não ter falado sobre uma "sensação geral de desânimo". De fato, a frase pronunciada foi apenas "sensação de desânimo".


Por fim, o ministro não cita a paralisia administrativa do governo, como ele se queixa em sua carta - mas a matéria tampouco diz que usou esses termos. Em várias ocasiões, porém, Furlan apontou que faltavam cenários e que isso seria importante para fazer mover a máquina estatal. "São como balizas para trazer avanços", disse. E avisou,descontraído, que iria parar de falar, pois senão teria de se explicar depois.

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