sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Lula: aceito comparação (de dados) em qualquer setor


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou há pouco, ao discursar em evento do Bolsa Família, em Osasco, na Grande São Paulo, que se dispõe a comparar os dados estatísticos de seu governo com os de quaisquer administrações anteriores. "Tenho orgulho de comparar meus números aos dos que vieram antes de mim", afirmou, para, em seguida, dizer que se disporia a confrontar resultados em qualquer setor: educação, saúde, emprego, transportes e desenvolvimento.

Ainda ao discorrer sobre os três anos de sua gestão, Lula disse que "nunca, em 500 anos de história do Brasil" um governo investiu tanto na área social, no Estado de São Paulo, como o dele; que, no mesmo período de existência do País, as exportações brasileiras cresceram tanto, sendo focadas no mercado da América do Sul; que o governo dele retomou os investimentos em recuperação e construção de ferrovias e que as políticas de seu governo para incentivar investimentos em linhas de transmissão respondem por 21% de tudo que foi investido no segmento em 121 anos e seus efeitos se estenderiam por um prazo de cinco anos, ou seja, um além do seu mandato.


Lula citou as 120 mil bolsas que foram concedidas este ano pelo programa ProUni, quantidade que subirá para 150 mil bolsas em 2006, e acrescentou que a expansão de empregos no País tem ocorrido com maior incidência para as mulheres. Declarou que seu governo, em três anos, já desapropriou 16,4 milhões de hectares de terra para a reforma agrária, enquanto que, em oito anos (de 1994 a 2002), a administração Fernando Henrique Cardoso desapropriou 18 milhões de hectares.


Lula disse que, quando assumiu o governo, eram investidos R$ 7 bilhões em políticas sociais. Neste ano foram disponibilizados R$ 17 bilhões e no ano que vem serão aplicados R$ 22 bilhões. Ao mesmo tempo, disse que no próximo ano cumprirá uma promessa de campanha, a de dobrar o poder de compra do salário mínimo. "Quando assumimos, o mínimo comprava 1,03 cesta básica e hoje já compra 1,7 cesta básica. Vamos chegar a duas cestas básicas compradas por um mínimo no ano que vem", prometeu.


Diante desses fatos, o presidente entende que seus opositores "ficam nervosos porque torciam pelo fracasso, torciam para o Brasil quebrar". Voltando-se para o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), Lula sugeriu que não entrasse "no jogo rasteiro" da oposição e que tivesse paciência com as cobranças da população, porque os adversários políticos apresentam, em ano eleitoral, queixas para os eleitores de coisas que, segundo o presidente, não puderam ser resolvidas no início do mandato e que os mesmos críticos, quando estiveram no poder, não solucionaram.


"Te dou um conselho porque tenho três anos de mandato e você só tem um, Emídio. Não perca nunca a paciência, não responda nunca ao jogo rasteiro dos adversários e não perca a paciência com a ansiedade da população. Explique tudo, diga a verdade, que o povo vai entender", afirmou o presidente. Ainda para explicar este raciocínio, Lula usou, mais uma vez, uma metáfora futebolística. "O ser humano é ansioso. Mal começa o jogo e ele quer ver quatro ou cinco gols mas, como aconteceu com o São Paulo para ganhar o Mundial Interclubes de Tóquio, às vezes é preciso fazer um gol e jogar lá atrás, na retranca, para defender seu resultado", explicou.


Em novo ataque à oposição, Lula repetiu outra metáfora sua, recorrente: "Não há nada que cause mais inveja ao ex-marido do que ver sua ex-mulher mais feliz com outro do que era com ele. Nada causa mais inveja a um governante do que ver seu sucessor fazendo mais do que ele fez". "Nada causa mais mágoa do que o sucesso de um adversário político", acrescentou


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