O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prossegue hoje as conversas com os partidos aliados para a formação de um governo de coalizão. Na agenda, PRB - o partido do vice José Alencar. O ciclo de conversas se encerra nos próximos dias, com PV, PL e PP. Durante reunião da coordenação política, ontem, Lula repetiu que vem considerando extremamente positiva as conversas com as legendas. Lula também ouviu, da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma análise sobre as rodovias e ferrovias brasileiras, um dos itens de prioridades que serão incluídos no pacote de infra-estrutura a ser anunciado nos próximos dias.
Participaram da reunião os ministros Tarso Genro (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria-Geral), Guido Mantega (Fazenda), Dilma (Casa Civil), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e o vice, José Alencar. O porta-voz da Presidência, André Singer, confirmou que os pacotes ambiental e econômico devem ser anunciados por volta do dia 15, conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na semana passada.
Lula também expressou satisfação, durante a reunião, pela reeleição de Hugo Chávez na Venezuela. Segundo Singer, o presidente acredita que a tranqüilidade das eleições no país vizinho demonstram a qualidade da estabilidade democrática no continente. Lula ligou ontem para Chávez para parabenizá-lo pela vitória. O presidente venezuelano visita o Brasil amanhã. Na sexta-feira, Lula receberá o presidente eleito do Equador, Rafael Corrêa.
Ontem os partidos aliados - PT, PCdoB e PSB - fizeram a primeira reunião para definir a festa da posse. Apesar de a definição final ter ficado para sexta-feira, a intenção é realizar uma cerimônia bem mais simples do que a de 2003. A posse no Congresso está marcada para as 16 horas. Depois, o presidente segue para o Palácio do Planalto, onde empossará os ministros e discursará no Parlatório.
Não está descartado um passeio pela Esplanada no Rolls Royce presidencial, mas ele deve limitar-se ao trajeto entre a Catedral e o Congresso. Em 2003, Lula deixou o Congresso e passeou em ziguezague pela Esplanada, aproveitando as calçadas que entrecortavam o gramado.
Também está praticamente descartada o convite a outros chefes de estado para que compareçam ao Brasil no dia da posse. O Planalto não pretende oferecer o jantar no Itamaraty, prática comum nessas situações. (PTL)