sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Acordo com PMDB dá CAE a Mercadante


Depois de quase seis horas de negociações, os partidos políticos do Senado fizeram acordo para a composição da Mesa Diretora e divisão das principais comissões do Senado Federal. O ex-líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), é o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), uma das duas mais importantes da Casa. A CAE é a responsável pelo exame das propostas que envolvem questões financeiras de Estados e União. Será estratégica para a análise do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A CAE foi cedida ao PT pelo PMDB.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) continuará sob o comando de Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Na Mesa, além de Renan Calheiros (PMDB-AL), reeleito presidente, foram escolhidos para a primeira vice-presidência, Tião Viana (PT-AC). Para a segunda vice, Álvaro Dias (PSDB-PR). O pefelista Efraim Moraes (PB) continuará primeiro secretário. O segundo secretário será Gerson Camata (PMDB-ES) e o terceiro, César Borges (PFL-BA). O quarto secretário ficou com o PR, sendo ocupada por Magno Malta (ES). O PSDB ficou com duas suplências, o PSB com uma e o PTB, com outra.

Nas comissões, o pefelista Heráclito Fortes (PI), que postulava a função de líder da bancada, será presidente da Comissão de Relações Exteriores. O ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO) ficará com a Comissão de Infra-Estrutura. Lúcia Vânia (PSDB-GO) presidirá a Comissão de Desenvolvimento Regional. Atendendo ao acordo com o PDT, a Comissão de Educação foi entregue ao ex-ministro Cristovam Buarque.

As negociações em torno dos cargos provocaram impasse durante toda a tarde. A confusão começou pela manhã, quando foi anunciada a formação de um bloco entre PT, PP, PSB, PCdoB, PR, PRB e PTB, reunindo 25 senadores. Esse blocão governista ultrapassa a bancada do PMDB (20 senadores, prestes a perder para o PPS Almeida Lima) - até então partido com maior número de senadores. A oposição reagiu irritada, principalmente porque o bloco foi registrado à meia-noite do dia anterior, com a finalidade de aumentar o espaço político do PT e seus aliados menores.

Com base na união dos sete partidos, o PT reivindicou dois cargos titulares na Mesa - entre eles a primeira vice-presidência e uma suplência, mais a presidência da CAE. O PMDB relutava em abrir mão da CAE.. O acordo foi fechado depois das 21h, quando foi iniciada a sessão para eleição dos membros da Mesa, que confirmaria o acordo feito pelos líderes.

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