segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

PT varre para debaixo do tapete


PT varre para debaixo do tapete as questões éticas no 27º aniversário. Partidos atravessam momentos de crise de identidade e de ambição. Olha o Carnaval aí, gente!

Nesta segunda-feira, o presidente Lula se reúne com a coordenação do governo e posteriormente com o presidente do PMDB, Michel Temer. O tema será a negociação para a formação do ministério. Estamos em fevereiro. Será que acabou a pressa? Pelo jeito a prioridade é o substituto de Márcio Thomaz Bastos. Segundo os peemedebistas Michel Temer não deverá ceder ao convite de Lula para ser ministro e assim deixar o terreno livre para Nelson Jobim "disputar" a presidência da legenda. De outro lado a dupla Renan Calheiros e José Sarney continuam firmes no propósito de serem reconhecidos como os aliados de primeira hora e por isso querem capitalizar mais politicamente junto ao governo Lula. Além do PMDB, Lula se sentará mais tarde com o PP e o PDT.

FELIZ ANIVERSÁRIO?

Apontar a metralhadora para o inimigo certo, conter a voracidade por espaço no governo, administrar o marketing pessoal de José Dirceu para o grande retorno. Tudo isso não foi sufuciente para amenizar a efervescência do PT durante o final de semana, na capital de Salvador (BA) quando foi comemorado o 27º aniversário da legenda. O duro discurso de Luiz Inácio Lula da Silva desencadeou insatisfação por parte das diversas correntes que integram o PT, tais como a do Campo Majoritário. Sim, o momento é de garantir territórios no governo Lula antes que ocorra a ocupação de partidos aliados como o PMDB. Entenda-se por territórios os ministérios. E não pode ser qualquer um não. De preferência o da infra-estrutura, cujo o status é bem conhecido pela importância no bojo da conjuntura do crescimento econômico. A saia justa ocorreu com o anfitrião, o prefeito petista Jacques Wagner. Por um mal entendido na agenda, se atrasou para apagar as velinhas do aniversário do PT. Ao chegar e ver tudo pronto e todos acomodados não se sentou na cadeira reservada. Deu meia volta e saiu, deveras contrariado, óbvio. O lugar destinado ao prefeito baiano ficou vazio.

CRISE ADOLESCENTE

O PSDB não vive também um mar de rosas. O que se comenta é uma crise de identidade. Propulsora de ligeira instabilidade. Fernando Henrique Cardoso apertou o sinal de alerta, em matéria da revista Veja desta semana. O governador Aécio Neves e José Serra firmaram um pacto de não-agressão até 2008. A cisânia se aprofundou com a eleição de Arlindo Chinaglia. Quem votou no petista, justifica-se afirmando que era a melhor opção para o partido. Quem votou contra, critica os tucanos que se bandearam para ficar amigos do rei vencedor da contenda. Por onde voarão os tucanos até 2010? Mistério. Na oposição fica, ou da oposição sai? Oh! Dúvida cruel! Ser oposição, ou não ser?

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