O Brasil tem potencial para aumentar quase 10 vezes as exportações de algodão na próxima década. Projeções da Céleres mostram que em 2017 o País poderá enviar ao exterior 3 milhões de toneladas de pluma. Com isso, as remessas, que hoje representam cerca de 50% da produção, alcançariam 70%.
A estimativa da consultoria pressupõem um crescimento do consumo mundial da fibra de 2% ano até 2017, a diminuição da oferta do produto ao mercado mundial pelos Estados Unidos - devido à "febre do etanol" - e a pouca disponibilidade de terras para a Austrália aumentar a sua produção. Diante deste cenário, o País tem potencial para uma taxa de crescimento de 11% ao ano, chegando a 4,2 milhões de toneladas .
Anderson Galvão, diretor da Céleres, afirma que Mato Grosso e a Bahia vão concentrar a produção de algodão no País, diminuindo a diferença no total da colheita dos dois estados. Além disso, de acordo com ele, a biotecnologia permitirá que o Nordeste - sobretudo Ceará e Pernambuco - possam ser competitivos novamente, pois o uso de transgênicos reduz a aplicação de herbicidas e, em um futuro próximo, haverá genes tolerantes à seca.
"Gradualmente o Brasil vai ocupar o espaço deixado pelos Estados Unidos", afirma Galvão. Segundo ele, naquele país, haverá maior demanda por milho e, em virtude disso, os produtores de soja vão avançar sobre as áreas de algodão. Em sua avaliação, o Brasil passará a ser um importante fornecedor de algodão para a China.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen Rodrigues, as previsões da Céleres dependem de uma série de fatores. "Tem muita coisa para acontecer", afirma. Segundo ele, se a indústria brasileira continuar com dificuldades, o consumo interno seguirá em queda. Além disso, ele acrescenta a questão cambial como fator determinante - a consultoria fez os cálculos com base em um câmbio de R$ 2. "Até quando o governo vai precisar dar apoio para conseguirmos exportar", questiona Rodrigues.
O presidente da Abrapa acrescenta ainda que não existe perspectiva de que patamar fique o preço da fibra, hoje por volta de US$ 0,60 a libra-peso. "Se voltar para o anterior, não temos condições de competir", avalia. E, além disso, segundo Rodrigues, para que o Brasil consiga multiplicar por 10 o volume das exportações de algodão, precisará investir em infra-estrutura portuária.
A estimativa da consultoria pressupõem um crescimento do consumo mundial da fibra de 2% ano até 2017, a diminuição da oferta do produto ao mercado mundial pelos Estados Unidos - devido à "febre do etanol" - e a pouca disponibilidade de terras para a Austrália aumentar a sua produção. Diante deste cenário, o País tem potencial para uma taxa de crescimento de 11% ao ano, chegando a 4,2 milhões de toneladas .
Anderson Galvão, diretor da Céleres, afirma que Mato Grosso e a Bahia vão concentrar a produção de algodão no País, diminuindo a diferença no total da colheita dos dois estados. Além disso, de acordo com ele, a biotecnologia permitirá que o Nordeste - sobretudo Ceará e Pernambuco - possam ser competitivos novamente, pois o uso de transgênicos reduz a aplicação de herbicidas e, em um futuro próximo, haverá genes tolerantes à seca.
"Gradualmente o Brasil vai ocupar o espaço deixado pelos Estados Unidos", afirma Galvão. Segundo ele, naquele país, haverá maior demanda por milho e, em virtude disso, os produtores de soja vão avançar sobre as áreas de algodão. Em sua avaliação, o Brasil passará a ser um importante fornecedor de algodão para a China.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen Rodrigues, as previsões da Céleres dependem de uma série de fatores. "Tem muita coisa para acontecer", afirma. Segundo ele, se a indústria brasileira continuar com dificuldades, o consumo interno seguirá em queda. Além disso, ele acrescenta a questão cambial como fator determinante - a consultoria fez os cálculos com base em um câmbio de R$ 2. "Até quando o governo vai precisar dar apoio para conseguirmos exportar", questiona Rodrigues.
O presidente da Abrapa acrescenta ainda que não existe perspectiva de que patamar fique o preço da fibra, hoje por volta de US$ 0,60 a libra-peso. "Se voltar para o anterior, não temos condições de competir", avalia. E, além disso, segundo Rodrigues, para que o Brasil consiga multiplicar por 10 o volume das exportações de algodão, precisará investir em infra-estrutura portuária.