terça-feira, 10 de julho de 2007

Preço reage na usina e cai mais na bomba

Segue lentamente o ajuste entre os preços do álcool pagos pelas distribuidoras de combustíveis às usinas do Estado de São Paulo e o cobrado nas bombas na cidade de São Paulo. A novidade no mercado do setor é que na semana encerrada dia 7 os preços voltaram a subir, embora com uma margem pouco expressiva - 0,34%. Foi a primeira reação após uma seqüência de quedas no espaço de 11 semanas e que somou 40%, segundo a pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). O valor médio negociado nas usinas na semana passada era de R$ 0,578 o litro, valor livre de impostos.

Os proprietários de carros movidos a álcool ou de flex-fuel ainda não sentiram os benefícios da redução do custo desse biocombustível. Nas bombas de São Paulo, o preço médio do álcool hidratado na semana passada ainda estava em R$ 1,239 o litro, segundo levantamento divulgado ontem pela Agência Nacional do Petróleo. A estratégia de preços adotada pelos distribuidores e donos de postos assusta os usineiros. Com uma oferta abundante do combustível, o crescimento do consumo ajudaria a atenuar a pressão da oferta e com isso, contribuiria para a estabilização do mercado.

O crescimento da produção de álcool e o descompasso entre a oferta e a procura no mercado de álcool combustível já vinha sendo esperada pelos empresários do setor. Tampouco havia garantia de que as exportações de etanol neste ano repetissem a velocidade alcançada no ano passado, diante da produção de etanol dos EUA.

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