quarta-feira, 11 de julho de 2007

Provas apresentadas por Renan viram ponto de discórdia em comissão

Apresentados espontaneamente pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros para justificar a origem do pagamento informal à jornalista Mônica Veloso, os documentos sobre a suposta venda de gado viraram o ponto de discórdia na comissão de relatores designada pela Comissão de Ética do Senado para investigar o caso. Os senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) acham que se a perícia confirmar oficialmente a existência de notas fiscais frias, estará caracterizada a quebra do decoro parlamentar e o relatório poderá pedir a cassação de Renan Calheiros. Já o senador Almeida Lima (PMDB-SE) pensa o contrário.
"Se os documentos estiverem corretos em relação a R$ 1,2 milhão do total das operações estará comprovada a origem do dinheiro. A pergunta não é se Renan tinha renda suficiente para pagar a pensão? Se tinha não haverá mais o que se discutir sobre o assunto", diz Almeida Lima.
Renan informou à Comissão de Ética que entre 2003 e 2006 recebeu R$ 1,9 milhão. Agora terá de mostrar o livro caixa de suas empresas, talonários de notas fiscais, ficha cadastral do rebanho, guias de transporte de animal, recibos mostrando que o gado vendido foi recebido pelos compradores e notas referentes ao gado que ele mesmo comprou. Casagrande lembra que a anulação do relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) documentos que antes desprezados, agora se tornaram imprescindíveis para definir o relatório. A comissão vai analisar se o preço do gado informado por Renan é compatível com o que se praticava no mercado.
O arquivamento do Relatório Cafeteira piorou a situação de Renan e sinalizou que a tendência da comissão é produzir um relatório pedindo sua cassação no Conselho de Ética. Percebendo a desvantagem, Renan pediu ontem que as investigações sejam feitas pelo Procurador Geral da República, Antônio Fernando de Souza, e não mais pela comissão de Ética.
Renan Calheiros protagonizou um confronto, ontem, no plenário do Senado, com o líder do PSDB, Arthur Virgílio. O presidente do Congresso disse que ninguém vai tirá-lo do cargo e avisou que não cometerá suicídio político. "Se quiserem a minha cadeira, vão ter que sujar as mãos. Vão ter que botar a forca lá fora ou a fogueira e pegar o presidente do Senado lá dentro para queimar", garantiu o senador alagoano.
kicker: "Se quiserem a minha cadeira, vão ter que sujar as mãos. Vão ter que botar uma fogueira e botar o presidente do Senado lá dentro"

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