quinta-feira, 26 de julho de 2007

Peças piratas no avião

A suspeita de uso de peças piratas no avião surgiu em decorrência dos maus antecedentes da companhia. Meses antes, o motor de um outro DC-9 da ValuJet explodira no Aeroporto de Atlanta. Descobriu-se que a última manutenção do avião fora feita por uma oficina na Turquia. Sim, na Turquia, bem longe dos olhos vigilantes das autoridades norte-americanas. A troca das oficinas dos Estados Unidos por uma outra na Turquia se baseou num cálculo de custo.


A peça mais importante do controle de velocidade de um jato intercontinental custa 100 mil dólares no mercado legal. No mercado paralelo, a mesma peça sai por alguma coisa entre 10 mil e 20 mil dólares. Um comerciante desonesto pode comprar uma lâmina para o compressor do motor a jato por 1 dólar num ferro-velho, lixá-la, revesti-la, colocar uma etiqueta falsa e depois revendê-la por 1.200 dólares.


As suspeitas sobre as razões da queda do Boeing 747 da TWA que explodiu no ar com 230 pessoas a bordo, em julho de 1995, apontam para defeitos em cascata nos componentes e para problemas de desgaste nos tanques de combustível. Nos últimos anos, muitas empresas passaram a utilizar peças de reposição piratas — mais baratas e obviamente menos seguras — em seus aviões. De acordo com informações oficiais, peças sem garantia foram detectadas em cerca de 166 acidentes ou panes sérias registrados nos Estados Unidos entre 1973 e 1993. Meio milhão de peças defeituosas é instalado a cada ano nos aviões norte-americanos.


Tráfego aéreo particular


E no Brasil? No universo das grandes empresas brasileiras, esse é um problema não investigado. O caso mais parecido aconteceu em 1992 com a Vasp. Na época, a empresa usou peças de aviões encostados em outros que estavam em operação. A esse procedimento dá-se o nome de canibalização. O Departamento de Aviação Civil (DAC) que fiscaliza as empresas aéreas brasileiras, apertou o cerco e a Vasp se enquadrou.


Alguém ouviu ou leu algo a respeito na “grande imprensa”? Ou a respeito de outros problema

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