quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Acordo entre Garotinho e Cabral sela filiação de Paes


Em um acordo entre o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o ex-governador e presidente estadual do PMDB, Anthony Garotinho, a filiação do secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer do Rio, Eduardo Paes, foi mantida e assim, evitada a impugnação defendida pelo grupo de Garotinho. Em contrapartida, o diretório municipal da legenda na capital, dominado por Cabral, renunciou.

"Foi uma composição entre Cabral e Picciani [Jorge Picciani, presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio] no intuito de amenizar as arestas no partido. Foi uma demonstração de união", afirmou o subsecretário estadual de governo, Rodrigo Bethlem.

Paes migrou do PSDB para o PMDB há um mês a convite de Cabral para ser o candidato do partido na eleição para a Prefeitura do Rio em 2008, como uma alternativa à aliança fechada entre o PMDB com o DEM para as eleições municipais no Estado. A aliança com o DEM havia gerado um mal estar para Cabral, pois poderia abalar a boa relação com o presidente Lula, especialmente porque ao anunciar o acordo, Garotinho afirmara que o principal objetivo era fazer oposição a Lula.

O clima interno mais ameno no PMDB do Rio, contudo, deve durar poucos meses, até a legenda decidir os candidatos para os municípios do Estado em convenção no ano que vem, mesmo que o diretório estadual já tenha definido a aliança com o DEM, que teria a cabeça de chapa na capital. Enquanto Garotinho afirma que a candidatura de Paes fica inviabilizada com a renúncia do diretório municipal, o senador Paulo Duque, alinhado a Cabral, diz que as decisões não foram definitivas e defende a candidatura própria do PMDB. Fontes ligadas ao governo Cabral reforçam que Paes continua sendo o candidato do governador, apostando em um bom desempenho no seu secretário nas pesquisas de intenção de voto.

Para Garotinho, o acordo fechado ontem é benéfico pois garante o apoio do DEM aos candidatos do PMDB em grande parte dos municípios do interior do Estado, onde ele ainda mantém influência política: "Vamos dar prosseguimento à aliança. Já houve a dissolução de 60 diretórios municipais do DEM do Estado, fora da capital".

No diretório municipal da legenda na capital, 40 dos 45 membros efetivos e 13 dos 15 suplentes renunciaram. Segundo Garotinho, o diretório municipal "não existe mais" e será substituído por uma comissão provisória formada por cinco representantes, cujo funcionamento pode durar seis meses até que seja definida uma nova composição.


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