terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Segurança na Petrobras é frágil, diz governo


O governo federal admitiu ontem a fragilidade da segurança no transporte de dados sigilosos da Petrobras, evidenciada pelo furto de informações da petrolífera estatal no início do mês. "As investigações [sobre o furto] já estão em andamento e, independentemente da motivação do crime, elas revestem-se de importância, em função da possível fragilidade do sistema de segurança para o transporte de informações reservadas que o episódio evidenciou", apontou um comunicado assinado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Jorge Armando Felix.

Ainda segundo o comunicado, foi oficializada uma parceria entre a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar o furto dos dados.

A PF de Macaé (RJ) já havia confirmado na sexta-feira que os materiais furtados continham informações sigilosas da Petrobras que vinham de uma sonda que estava na Bacia de Santos - o que aumenta a possibilidade de as informações serem sobre a região do pré-sal, onde estão concentradas as recentes grandes descobertas anunciadas pela estatal.

É na camada pré-sal, situada em águas ultraprofundas, a mais de 5 mil metros de profundidade, que estão as reservas de Tupi e Júpiter. A primeira é estimada pela Petrobras entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de óleo equivalente. Já Júpiter tem grande potencial de gás natural, que podem tornar o país auto-suficiente na produção do insumo energético.

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