segunda-feira, 24 de março de 2008

Sem ataques anti-Lula


A estratégia da oposição para a corrida municipal de outubro já está traçada. E engana-se quem espera um discurso duro, agressivo, pautado por derradeiras críticas contra os aliados do Presidente Lula. A idéia de tucanos e democratas é evitar choques e deixar de lado as picuinhas. A tática sugerida pela cúpula dos partidos é discutir os problemas regionais, com destaque para as classes populares, falando de buracos nas ruas, dificuldades no ensino, problemas em segurança e na saúde.

No Rio, os pré-candidatos, aos poucos, colocam o conselho em prática. O deputado Fernando Gabeira (PV), que conta com o aval do PSDB, adotou um tom moderado e até promete, se eleito, uma aproximação com os governos federal e estadual.

Apostar em ataques, na avaliação dos oposicionistas, é um tiro no pé. Os apadrinhados de Lula contam com a alta popularidade do Presidente e com os bons resultados econômicos do país, alardeados a todo momento. Sem contar que os governistas poderão lançar mão das realizações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal pacote de investimentos do governo, para ganhar alguns votos.

Aliança maldita

A delicada relação entre PT e PMDB a cada dia balança mais. Os petistas não param de levar reclamações ao Palácio do Planalto. As queixas mais freqüentes dizem respeito à insaciável fome por cargos. Com seis ministérios, oito comissões temáticas na Câmara e no Senado, comando das estatais, cargos de segundo e terceiros escalões, lideranças do Senado e do Congresso, o PMDB nunca está satisfeito. Agora, pelos corredores, alguns líderes petistas chegam a questionar se um acordo institucional com o PSDB, permitindo a governabilidade, não teria sido mais lucrativo para o governo do que administrar as cobranças do parceiro pidão.

Musa

Dirigentes do PMDB do Rio Grande do Sul se esforçaram ao máximo para emplacar a dobradinha José Fogaça, candidato à reeleição, e a deputada Manuela d"Ávila (PCdoB-RS), na corrida à prefeitura de Porto Alegre. As investidas não tiveram sucesso. A deputada, reconhecem os peemedebistas, é um fenômeno.

Musa 2

Se as urnas confirmarem o vôo mais alto de Manuela, a deputada terá de deixar o título de musa do Congresso. No que depender dos senadores, a vaga fica com a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) que tem sido chamada pelos colegas de Ivete Sangalo de Brasília.

Alerta

A cúpula tucana se reúne hoje à noite para discutir a estratégia que será traçada contra o Palácio do Planalto pela produção de um dossiê da gestão Fernando Henrique Cardoso que supostamente seria utilizado para intimidar a oposição na CPMI dos Cartões. Líderes já pensam, inclusive, em utilizar o episódio para dificultar alianças para as eleições municipais que alguns colegas de partido pensam em fazer com o PT, como defende o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.

Berlinda

Líderes governistas recomendaram aos integrantes da CPI das ONGs uma atenção especial aos convênios e acordos de cooperação do governo federal com organismos internacionais, como Pnud e Unicef. A oposição estremeceu ao receber a notícia.

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