Plano prevê reforço de pessoal no Cindacta-1 e prioridade para rotas mais procuradas nos aeroportos brasileiros Brasília - Após quase nove meses de crise na aviação, a Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu intervir ontem (22) de forma mais dura no impasse com controladores e afastou 14 sargentos do Cindacta-1, centro de monitoramento de vôo de Brasília. O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, divulgou à tarde um plano de emergência, com nove medidas, disciplinares e técnicas, para pôr fim à operação padrão iniciada terça-feira. "O momento é de extrema gravidade."
Logo depois do anúncio, houve suspensão de decolagens em aeroportos de São Paulo, Brasília e Minas e longas filas em outros terminais. Até 21h30, 42,9% dos 1.784 vôos programados tiveram atrasos ou foram cancelados. Naquele horário, o comando da Aeronáutica acreditava que a situação caótica nos aeroportos deveria se estabilizar até a tarde de hoje - para especialistas, porém, isso só deve ocorrer na segunda-feira (25).
O aeroporto que mais preocupava a Aeronáutica à noite era o de Cumbica, em Guarulhos. Lá o espaçamento de vôos era de 15 minutos. Os passageiros mais prejudicados eram os que pretendiam embarcar para o Nordeste. Nos demais aeroportos do País, o espaçamento de partidas e aterrissagens era de 5 minutos.
O risco de o pacote de emergência agravar o caos nos aeroportos num primeiro momento foi admitido por Saito. "Peço a compreensão de usuários e passageiros." Ele disse que a FAB já tinha definido as linhas gerais do plano havia seis meses, mas admitiu que a operação padrão desta semana precipitou as mudanças. O pacote de emergência - bem recebido por técnicos e oficiais - será mantido pelo menos até dezembro.
Os 14 afastados estavam no grupo responsável pelo motim que paralisou a aviação comercial do País em 30 de março. Deles, apenas o vice-presidente da Federação Brasileira das Associações dos Controladores de Tráfego Aéreo (Febracta), Moisés Gomes de Almeida, recebeu voz de prisão. Os demais tiveram como punição a transferência para o Comando de Operações Militares, onde ficarão em outras áreas que não a de monitoramento do tráfego aéreo.
Outros três controladores, que se declararam sem condições de trabalhar após o anúncio dos afastamentos, também podem ser punidos. Mas a FAB considerou uma vitória o fato de dois sargentos, que chegaram a se afastar das operações , terem decidido voltar ao trabalho. "Os que contaminam não chegam a 10% (do pessoal do Cindacta-1)", afirmou o comandante.
Saito, que voltou ontem (22) de Paris, já tinha recebido na quinta-feira carta branca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para combater a operação padrão. Ele procurou tratar a crise como assunto estritamente militar e evitar interferências políticas, rechaçando ontem a proposta de deputados da CPI do Apagão de negociar um acordo com os sargentos.
Nesse aspecto, a nota de Saito foi dura ao comentar a greve branca desta semana, na qual os controladores denunciavam problemas técnicos nos consoles (terminais) do Cindacta-1 como um artifício para interromper o serviço . "De forma intransigente, um pequeno grupo desses sargentos passou a recusar o trabalho em equipamentos, mesmo em flagrante choque com os pareceres técnicos que asseguravam a plena qualidade do serviço", afirmou.
À noite, a FAB comemorou o fato de, pela primeira vez em duas semanas, o Cindacta-1 ter dez consoles em operação simultaneamente. Desses, quatro atendiam ao espaço aéreo do Rio, três ao de São Paulo e outros três, ao de Brasília.
A reação da FAB intimidou s controladores.
Ameaçado de prisão, o presidente da Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA), Wellington Rodrigues, divulgou nota pedindo calma aos colegas. Mas a Força Sindical e a Confederação Geral dos Trabalhadores ofereceram ajuda à categoria caso seja convocada uma greve geral.
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